Sismo. Mais de 2.700 mortos e uma pessoa resgatada com vida em Myanmar

O número de mortos do terramoto de magnitude 7,7 que atingiu Myanmar ultrapassou os 2.700, com milhares de feridos, mas foi encontrada hoje uma sobrevivente, anunciaram as autoridades do país do Sudeste Asiático.

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© SAI AUNG MAINSAI AUNG MAIN/AFP via Getty Images

Lusa
01/04/2025 12:32 ‧ ontem por Lusa

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Sismo

O chefe da Junta Militar, general Min Aung Hlaing, disse num fórum na capital, Naypyidaw, que 2.719 pessoas foram encontradas mortas, com 4.521 feridos e 441 desaparecidos, segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press (AP).

 

Mas as equipas de salvamento continuam a encontrar sobreviventes e retiraram hoje com vida uma mulher de 63 anos dos escombros de um edifício em Naypyidaw.

Os bombeiros de Naypyidaw informaram que a mulher foi retirada dos escombros 91 horas depois de ter ficado soterrada quando o edifício ruiu na sequência do sismo de sexta-feira, noticiou a AP.

Segundo os peritos, a probabilidade de encontrar sobreviventes diminui drasticamente após 72 horas.

Com muitas áreas atingidas pelo terramoto de sexta-feira ainda não alcançadas pelas equipas de salvamento, espera-se que o número de vítimas continue a aumentar.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 10.000 edifícios desabaram ou ficaram gravemente danificados no centro e noroeste de Myanmar.

O terramoto também abalou a vizinha Tailândia e provocou a queda de um edifício em construção, soterrando muitos trabalhadores.

Dois corpos foram retirados dos escombros na segunda-feira e outro foi recuperado hoje, mas dezenas de pessoas continuavam desaparecidas.

O balanço em Banguecoque era hoje de 21 mortos e 34 feridos, principalmente no local da construção.

A ONU disse hoje que tem conseguido mobilizar ajuda vital para a população afetada, sem bloqueios das partes envolvidas na guerra civil em curso desde que os militares tomaram o poder em 2021.

"Até ao momento, conseguimos mobilizar o pessoal e o material que temos no país", disse o coordenador humanitário da ONU na antiga Birmânia, Marcoluigi Corsi, numa teleconferência a partir de Rangum.

Corsi disse, no entanto, que o material provém dos recursos que a ONU tinha planeado utilizar para as vítimas do conflito armado.

"Temos de pensar em reabastecer estes fornecimentos", afirmou, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

Sobre as preocupações de que a ajuda seja desviada pelo governo para áreas afetadas sob o seu controlo, Corsi disse que existe um sistema de monitorização e controlo da ajuda.

Tal sistema informa constantemente sobre o que está a ser distribuído e onde, referiu, acrescentando que não foram observados problemas deste tipo até agora.

As autoridades de Myanmar afirmaram que mais de 8,5 milhões de pessoas foram diretamente afetadas pelo sismo que atingiu a região centro-norte do país na sexta-feira.

Leia Também: Enfermeiras protegem recém-nascidos de sismo em maternidade chinesa. Veja

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