"<span class="news_bold">É um golpe para a democracia", disse Rodolphe Bosselut aos jornalistas à porta da sede do partido União Nacional (RN, na sigla em francês), em Paris.
Mesmo com um recurso, Marine Le Pen fica desde já impossibilitada de exercer cargos públicos, uma medida que deixou o advogado "muito consternado", lamentando que não seja passível de recurso, no que considerou um "círculo vicioso".
Bosselut afirmou-se indignado por um dos argumentos dos juízes para impor a execução provisória ter sido de que havia "risco de reincidência" da líder da extrema-direita, disse o advogado à imprensa.
Marine Le Pen, de 56 anos e considerada uma das favoritas para suceder a Emmanuel Macron na eleição presidencial marcada para 2027, "continua combativa", garantiu Laurent Jacobelli, deputado do RN e porta-voz do partido.
A líder do grupo parlamentar do RN na Assembleia Nacional francesa foi condenada a quatro anos de prisão, dois dos quais não suspensos e sujeitos a um sistema de vigilância eletrónica, a uma multa de 100.000 euros e a cinco anos de inelegibilidade.
Le Pen e oito eurodeputados franceses da União Nacional foram considerados culpados de terem desviado de 4,1 milhões de euros de fundos públicos do Parlamento Europeu pelo Tribunal de Paris.
O novo julgamento em recurso não tem um prazo fixo e poderá ocorrer pouco antes da campanha presidencial de 2027 ou mesmo mais tarde, o que prejudicaria a candidatura de Le Pen, embora esta ainda não tenha anunciado uma estratégia.
[Notícia atualizada às 14h58]
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