A Direção-Geral da Segurança Pública indicou que "as autoridades competentes iniciaram investigações para apurar responsabilidades e tomar as medidas legais pertinentes" após a detenção de "vários suspeitos".
O exército libanês tinha já anunciado a descoberta no sul do país dos locais de lançamento de foguetes utilizados para atingir Israel, numa área a cerca de 30 quilómetros da fronteira israelita.
As forças armadas libanesas abriram "um inquérito para determinar os autores dos disparos", seguindo a ordem dada pelo primeiro-ministro, Nawaf Salam.
O comandante das Forças Armadas libanesas, general Rudolph Haykal, anunciou entretanto que as tropas detiveram várias pessoas por estes atos atribuídos pelo exército israelita à milícia xiita libanesa Hezbollah.
O grupo xiita, por sua vez, dissociou-se do ataque e garantiu que está comprometido com o cessar-fogo acordado em novembro passado, embora tenha instado o Estado libanês a fazer a sua part, "dissuadir o inimigo e forçá-lo a parar a agressão e acabar com a ocupação por todos os meios ao seu dispor".
O ataque de retaliação de Israel visou uma zona residencial nos subúrbios do sul de Beirute, pela primeira vez desde a entrada em vigor, a 27 de novembro de 2024, do cessar-fogo entre o grupo Hezbollah (Partido de Deus) e Israel.
As partes chegaram a um acordo de cessar-fogo com base no qual tanto Israel como o Hezbollah se comprometeram a retirar as suas tropas do sul do Líbano. No entanto, o exército israelita não se retirou completamente e manteve cinco postos no território do país vizinho.
Além disso, o exército israelita realizou vários bombardeamentos durante as semanas que se seguiram ao cessar-fogo, argumentando estar a agir contra as atividades do Hezbollah e que, portanto, não viola o cessar-fogo, embora tanto Beirute como o grupo tenham criticado essas ações.
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