Zelensky pede aos Estados Unidos reforço de sanções a Moscovo

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu esta terça-feira aos Estados Unidos o reforço de sanções à Rússia, que acusa de violar uma moratória nos ataques a infraestruturas energéticas, anunciada por Washington na semana passada.

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© Benjamin Girette/Bloomberg via Getty Images

Lusa
01/04/2025 20:47 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Chegámos ao ponto de aumentar o impacto das sanções, porque acredito que os russos estão a violar o que prometeram aos Estados Unidos", afirmou o líder ucraniano em conferência de imprensa.

 

Nas suas declarações, Zelensky espera que o homólogo norte-americano, Donald Trump, "tenha todas as ferramentas apropriadas para aumentar a pressão das sanções", ao referir que recebe informações "quase diariamente" sobre ataques dirigidos contra instalações energéticas do país e que são partilhadas com Washington.

Um ataque russo à cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, deixou hoje de manhã 45.000 habitantes sem eletricidade, segundo o chefe da diplomacia de Kiev, Andrii Sybiga, que acusou Moscovo de uma nova violação de uma trégua parcial.

"A Rússia continua a violar este acordo", disse o ministro, referindo-se ao frágil compromisso anunciado na semana passada por Washington após conversações separadas com delegações de Kiev e de Moscovo em Riade, na Arábia Saudita.

No entanto, não foi mencionada qualquer data exata, nem quaisquer condições, e a Rússia e a Ucrânia acusam-se mutuamente desde então de violação do acordo.

Hoje, o Ministério da Defesa russo afirmou que as forças ucranianas atacaram uma infraestrutura energética na região fronteiriça de Belgorod.

Tal como a Ucrânia, a Rússia também entregou aos Estados Unidos uma lista de violações da trégua energética atribuídas às forças de Kiev, adicionando aos destinatários a ONU e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, informou o chefe da diplomacia de Moscovo, Serguei Lavrov, após uma reunião do Conselho de Segurança russo em que também participou o líder do Kremlin (presidência russa), Vladimir Putin.

No passado fim de semana, Trump afirmou, numa entrevista concedida à estação norte-americana NBC, que estava "muito zangado" e "furioso" com o Vladimir Putin por causa dos desenvolvimentos na Ucrânia após as negociações na Arábia Saudita e ameaçou com novas sanções.

"Se a Rússia e eu não conseguirmos chegar a um acordo para pôr um fim ao banho de sangue na Ucrânia, e se eu acreditar que foi culpa da Rússia, o que pode não ser, vou impor tarifas secundárias sobre todo o petróleo que sai da Rússia", declarou o líder da Casa Branca (presidência norte-americana).

Posteriormente, Trump suavizou o seu tom, afirmando que continua a acreditar que Putin "não vai voltar atrás com a sua palavra", mas avisando que existe "um prazo psicológico" para um acordo de cessar-fogo na Ucrânia.

Ao mesmo tempo, dirigiu críticas a Zelensky, ameaçando o Presidente ucraniano de que terá "grandes, grandes problemas" se Kiev desistir do acordo de exploração de terras raras que está a ser negociado com Washington.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Rússia e EUA "continuam a trabalhar" após Trump ficar "zangado" com Putin

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