Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros informou que as reuniões visaram explicar a política sul-africana para que a administração Trump "se posicione como um parceiro estratégico".
A nova administração do republicano tem sido muito crítica da políticas de Pretória e expulsou, em meados de março, o embaixador sul-africano em Washington, além de cortar a ajuda financeira sob o pretexto de os sul-africanos estarem a discriminar a minoria branca.
Os EUA ofereceram aos agricultores 'afrikaners' uma "via rápida para a cidadania" no país.
Os números oficiais indicam que os brancos detinham 72% das terras agrícolas do país em 2017, numa herança da colonização e depois do apartheid, como lembra a agência AFP.
Os sul-africanos dissiparam "equívocos sobre o que alguns retrataram como leis raciais destinadas a minar os direitos das minorias", de acordo com a declaração divulgada sobre a reunião.
Em cima da mesa esteve, por exemplo, a nova lei sobre a expropriação de terras, com os sul-africanos a recusarem que o objetivo seja facilitar apreensões ilegais.
Elon Musk, de origem sul-africana e conselheiro especial de Trump, alegou no passado existir um alegado "genocídio branco" no seu país natal.
A delegação sul-africana também informou a Assembleia Geral das Nações Unidas sobre as ambições do país para a presidência do G20 deste ano, cujo tema é "Solidariedade, Igualdade, Desenvolvimento Sustentável".
Em fevereiro, Marco Rubio, chefe da diplomacia norte-americana, recusou-se a participar na primeira reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G20, invocando uma agenda "anti-americana".
Os desacordos entre os dois países incluem também a queixa apresentada por Pretória contra Israel perante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) no final de 2023 relativamente à guerra em Gaza.
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