República Checa considera aumentar despesas na Defesa até 3 % do PIB

O primeiro-ministro checo, Petr Fiala, disse hoje que considera um aumento do orçamento de defesa para 3% do Produto Interno Bruto (PIB), na sequência das declarações de Donald Trump a exigir 5% aos países da NATO.

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© Pier Marco Tacca/Getty Images

Lusa
08/01/2025 23:44 ‧ há 16 horas por Lusa

Mundo

República Checa

realista falar de 3% dentro de vários anos", disse o primeiro-ministro da República Checa à imprensa, referindo-se a um aumento gradual das contribuições do país, acrescentando que estão "abertos ao debate".

 

O presidente eleito Donald Trump disse na terça-feira que os países da NATO deveriam aumentar os seus orçamentos de defesa para 5% do PIB, mais do dobro dos atuais 2%.

Tal como muitos países da União Europeia, a República Checa aumentou as suas despesas com a defesa após a invasão russa da Ucrânia, duplicando o montante em relação a 2021.

De acordo com as últimas estimativas do governo checo, as despesas com a defesa ascenderam a 2,09% do PIB em 2024, ligeiramente acima do limiar atualmente fixado por lei em 2%.

Desde 2022, o país de 10,9 milhões de habitantes doou à Ucrânia 7,3 mil milhões de coroas checas (290 milhões de euros) em helicópteros, tanques, veículos blindados, obuses, lança-foguetes, armas de fogo e munições.

Praga está também a liderar uma campanha para comprar munições para Kiev fora da Europa.

Em troca desta ajuda, o país recebeu tanques Leopard da Alemanha e planeia comprar mais 77, bem como 24 caças F-35 dos Estados Unidos, 48 mísseis ar-ar israelitas e 210 veículos de combate CV90 da Suécia.

Numa conferência de imprensa na sua residência em Mar-a-Lago, Florida, Trump afirmou que, no seu primeiro mandato, "salvou a NATO", quando ameaçou findar o financiamento, caso os outros países não pagassem os seus contributos.

"Angariei mais de 80 mil milhões de dólares, o dinheiro começou a cair a rodos", comentou.

O presidente eleito na mesma conferência de imprensa voltou a expressar a possibilidade de agir recorrendo ao uso de força militar para assumir o controlo do Canal do Panamá e da Gronelândia, ao afirmar que ambos os territórios são essenciais para a segurança dos EUA.

"Não me vou comprometer com isso", disse, quando questionado se excluiria o recurso às forças armadas.

"Pode ser que tenham de fazer alguma coisa. O Canal do Panamá é vital para o nosso país", referiu, acrescentando: "Precisamos da Gronelândia para fins de segurança nacional".

A Gronelândia é um território autónomo da Dinamarca, um aliado de longa data dos EUA e membro fundador da NATO.

Há dez anos, depois de a Rússia ter anexado a península ucraniana da Crimeia, os membros da Aliança comprometeram-se a dedicar pelo menos 2% do seu PIB a despesas militares. Atualmente, 23 dos 32 países cumprem este compromisso.

Leia Também: Trump culpa governador da Califórnia pelos incêndios de Los Angeles

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