Liz Truss intima Keir Starmer por afirmações "falsas e difamatórias"

Em causa está o facto de o primeiro-ministro britânico acusar Liz Truss, que esteve 49 dias no cargo de primeira-ministra, de ter provocado um "colapso da economia" do Reino Unido.

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© MARKUS SCHREIBER/POOL/AP POOL/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
09/01/2025 16:01 ‧ há 10 horas por Notícias ao Minuto

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Reino Unido

Liz Truss, que ocupou o cargo de primeira-ministra do Reino Unido durante um período de 49 dias em 2022, enviou uma intimação ao atual governante, Keir Starmer, a exigir que pare de dizer que "destruiu a economia" durante o seu mandato, considerando que em causa estão afirmações "falsas e difamatórias".

 

No documento, a que a imprensa britânica teve acesso, os advogados de Liz Truss afirmaram que as declarações de Starmer durante as eleições gerais "causaram, e provavelmente continuarão a causar, sérios danos à sua reputação".

"A sua publicação não é apenas extremamente prejudicial, mas também grosseiramente difamatória e indefensável", lê-se na intimação de seis páginas. 

"O nosso cliente pede-lhe que cesse imediatamente e deixe de repetir as declarações difamatórias, de fazer com que sejam repetidas ou de voltar a publicar as declarações difamatórias ou qualquer parte delas", acrescenta.

A equipa jurídica afirmou ainda que "discorda que qualquer movimento do mercado durante o período relevante referido nas suas declarações difamatórias possa ser classificado como um 'colapso da economia' em qualquer sentido correto do significado dessas palavras" porque não envolveu uma queda do PIB ou um aumento do desemprego.

De acordo com o documento, a subida das taxas de juro foi o resultado de uma "má gestão da crise dos empréstimos hipotecários e das suas falhas regulamentares" por parte do Banco de Inglaterra.

Após a divulgação da intimação, o porta-voz do primeiro-ministro já veio assegurar que Keir Starmer não iria mudar a sua posição em relação a Liz Truss. "Penso que se pode perguntar às pessoas de todo o país qual foi o impacto da anterior gestão económica nas suas hipotecas, na inflação, e penso que se obterão respostas semelhantes", afirmou, citado pelo The Guardian.

Recorde-se que Liz Truss, do Partido Conservador, foi primeira-ministra do Reino Unido entre 6 de setembro e 25 de outubro de 2022, após a demissão de Boris Johnson. O seu "mini-orçamento" previa um dos maiores cortes de impostos em décadas, mas fez a libra cair a peque e disparou as taxas de juro da dívida. 

Truss acabou por se demitir após 49 dias de governação e foi substituída por Rishi Sunak, que foi primeiro-ministro até julho de 2024. Nas eleições gerais do verão passado, os britânicos acabaram por dar a vitória a Keir Starmer, do Partido Trabalhista. 

Leia Também: Governo britânico recorre a tecnologia e horários alargados para reduzir listas de espera

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