O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, afirmou que o acordo entre Israel e o Hamas para um cessar-fogo em Gaza "é uma boa notícia e um sinal de esperança", mas reiterou que a "estabilidade regional só será alcançada com uma solução de dois Estados".
"O acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas é uma boa notícia e um sinal de esperança no futuro", começou por escrever na rede social X, frisando que "importa agora criar condições para intervir na situação humanitária em Gaza, que é crítica, e libertar os reféns, após longos meses de sofrimento".
"A estabilidade regional só será alcançada com uma solução de dois Estados e um respeito escrupuloso pelo direito internacional", reiterou.
A solução de dois Estados tem sido defendida pelos socialistas e, em novembro do ano passado, Pedro Nuno Santos entregou um projeto no Parlamento que pedia ao Governo português que reconhecesse de imediato o Estado da Palestina para dar "um sinal claro" à comunidade internacional da urgência desta solução.
O acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas é uma boa notícia e um sinal de esperança no futuro. Importa agora criar condições para intervir na situação humanitária em Gaza, que é crítica, e libertar os reféns, após longos meses de sofrimento.
— Pedro Nuno Santos (@PNSpedronuno) January 15, 2025
A estabilidade regional só será…
Esta quarta-feira, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, primeiro-ministro do Qatar, país mediador e que tem acolhido as negociações indiretas, confirmou um acordo de cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, após 15 meses de conflito.
Segundo o responsável, a trégua deverá entrar em vigor no domingo, 19 de janeiro.
Tal como já tinha sido noticiado, a primeira frase do acordo inclui o aumento do fluxo de ajuda humanitária em todo o enclave e permitirá que centenas de milhares de pessoas deslocadas em Gaza regressem ao que resta das suas casas.
Além disso, está também prevista a libertação de 33 reféns israelitas e o regresso de prisioneiros palestinianos das prisões israelitas.
A primeira fase vai durar 42 dias (seis semanas). "As forças israelitas serão posicionadas ao longo da fronteira com Gaza, permitindo a troca de prisioneiros e corpos, juntamente com o regresso de pessoas deslocadas para as suas residências", disse, acrescentando que está também prevista "a reabilitação dos hospitais e centros de saúde".
Os detalhes da segunda e terceira fases do acordo serão finalizados quando a primeira fase for implementada com sucesso, esperando-se um cessar-fogo permanente e a retirada total dos soldados israelitas da Faixa de Gaza.
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