CDS elogia evolução da economia e acusa Esquerda de negar criminalidade

O líder parlamentar do CDS-PP elogiou hoje a evolução da economia portuguesa e acusou dirigentes de esquerda de negarem a criminalidade no país, afirmando que "a realidade acaba sempre por atropelar a ideologia".

Notícia

© Henrique Casinhas/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
15/01/2025 18:10 ‧ há 2 horas por Lusa

Política

CDS

Durante o debate quinzenal na Assembleia da República, citando dados económicos hoje divulgados pelo ministro das Finanças, Paulo Núncio considerou que "ao contrário do que as oposições disseram, o ano económico de 2024 terá corrido bem" e perguntou ao primeiro-ministro "como é que perspetiva 2025, em que as estimativas são melhores e em que Portugal pode mesmo crescer acima de 2%".

 

"Apesar das incertezas que nos rodeiam, que são externas, são aquelas que nós não conseguimos dominar, nós temos razões para estar otimistas", respondeu Luís Montenegro.

Em matéria de segurança, o líder parlamentar do CDS-PP acusou a esquerda em geral de "pôr a ideologia à frente da realidade" e apontou como exemplo: "Dirigentes da esquerda fizeram uma manifestação contra a operação da PSP no Martim Moniz. Menos de 24 horas depois deu-se uma rixa violenta entre grupos precisamente no Martim Moniz".

"Há um exemplo ainda melhor que eu não posso deixar de referir: estava o líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE) em direto na televisão a dizer que não havia problema nenhum de segurança em Portugal quando a emissão em direto subitamente é atropelada pela notícia do tiroteio em Viseu", referiu Paulo Núncio, comentando: "Cada tiro, cada melro. Parece que sempre que falam das falsas perceções que vocês têm sobre a segurança induzem o crime real a mostrar que existe".

"Senhores deputados, não podem confundir perceções com factos. O crime existe e tem que ser combatido, independentemente da sua natureza, porque os cidadãos têm direito à sua segurança", defendeu.

A seguir, o líder parlamentar do BE, Fabian Figueiredo, pediu que fossem distribuídos dois documentos à câmara, um dos quais a transcrição do referido debate televisivo: "O primeiro documento é uma transcrição do debate da CNN de 28 de dezembro, para o senhor deputado Paulo Núncio poder citar corretamente, fez o contrário, onde eu digo que não há nenhuma relação entre insegurança e imigração". 

"E uma segunda notícia, que dá nota da audição que ocorreu hoje, onde a Ministra da Administração Interna assume que não associou o aumento da criminalidade ao aumento da imigração, ficando assim reposta à verdade", acrescentou Fabian Figueiredo.

Quanto à evolução económica, o líder parlamentar do CDS-PP e antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais mencionou que, segundos dados preliminares anunciados pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, "Portugal terá um crescimento económico significativamente superior à média da zona euro" e "vai voltar a ter um excedente orçamental".

"Por isso, todos aqueles que achavam que Portugal ia ter um défice orçamental em 2024, enganaram-se. E finalmente, ao contrário de outros países europeus, a dívida pública portuguesa vai continuar a reduzir-se e isso é um grande serviço que nós prestamos às novas gerações", prosseguiu.

Quanto ao segundo ponto da sua intervenção, a segurança, Paulo Núncio alegou que na anterior governação do PS houve "desinvestimento na execução da Lei de Programação das Forças de Segurança em 2021, 2022 e 2023" e perguntou ao primeiro-ministro se vai haver "uma recuperação significativa desse investimento".

O primeiro-ministro manifestou-se de acordo com a posição do líder parlamentar do CDS-PP sobre esta matéria e com a ideia de que é uma "mais-valia" Portugal ser "um país seguro, fiável, para poder ser destinatário dos investimentos que alavancam e tornam dinâmica uma economia".

"Num mundo que está perigoso, um mundo que está instável, os dados de segurança, o sentimento de segurança tem de ser preservado", sustentou Luís Montenegro.

"Portanto, senhor deputado, quanto aos investimentos, a palavra de ordem é a mesma: executar a programação, também na Administração Interna", completou.

O líder parlamentar do CDS-PP perguntou ainda ao primeiro-ministro quantos idosos beneficiaram do aumentos do Complemento Solidário para Idosos (CSI).

Luís Montenegro já não dispunha de tempo, mas aproveitou depois o período de resposta ao PSD para indicar que houve "um acréscimo em 2024 de 82.833 beneficiários novos" do CSI, em consequência das alterações feitas pelo executivo PSD/CDS-PP a este apoio aos idosos com baixos recursos.

[Notícia atualizada às 18h38]

Leia Também: Câmara de Lisboa vai relançar Orçamento Participativo com novas regras

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas