Hugo Soares aproveitou grande parte dos seus 11,5 minutos para criticar as intervenções anteriores das bancadas do PS e do Chega, que já não voltavam a intervir no debate.
O líder parlamentar do PSD começou por considerar "caricato" que o secretário-geral do PS tenha questionado Luís Montenegro sobre a sua estratégia para a economia, defendendo que o primeiro-ministro a tinha explicado na sua intervenção inicial, e desafiou Pedro Nuno Santos a detalhar quais os setores da economia portuguesa entende que não devem ser prioritários na ação governativa e na estratégia económica de Portugal.
Sobre segurança, Hugo Soares afirmou que o PS "fala a várias vozes", sugerindo contradições entre as posições de Pedro Nuno Santos, do antigo ministro da Administração Interna José Luís Carneira e da líder parlamentar do PS e candidata à Câmara Municipal de Lisboa, Alexandra Leitão.
Ainda sobre o mesmo tema, o líder da bancada do PSD recordou a vigília convocada pelo Chega no passado sábado, em resposta à manifestação marcada após a operação policial no Martim Moniz, para ironizar sobre as propostas de André Ventura sobre imigração.
"Eu pensei: arrependeu-se de ter votado ao lado do PS e de ter chumbado a criação da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiros da PSP, de ter chumbado as mudanças nas regras de retorno para que os imigrantes ilegais, de forma mais eficaz, mais célere, possam sair do nosso país", começou por dizer.
No entanto, para Hugo Soares a solução proposta por André Ventura para o problema da imigração desregulada e ilegal em Portugal foi outra.
"Bonés. É verdade. O senhor deputado André Ventura terminou a intervenção sobre temas sérios a dizer àqueles que o apoiavam naquele comício: a nossa solução é bonés. 'Vamos fazer bonés que dizem à frente malhar na esquerda e atrás limpar Portugal'", criticou.
Hugo Soares concluiu que "os dois maiores partidos da oposição, nestas matérias, estão os dois na mesma, estão os dois a apanhar bonés sem perceberem aquilo que são os principais problemas reais das portuguesas e dos portugueses".
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