Rangel passa "palavra de calor e esperança" de Marcelo a Moçambique

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, transmitiu uma "mensagem de esperança" do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a Moçambique, durante a cerimónia de tomada de posse de Daniel Chapo, em Maputo.

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Notícias ao Minuto com Lusa
15/01/2025 08:40 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Moçambique

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel, diz que a tomada de posse de Daniel Chapo, como quinto presidente da República de Moçambique, "é um momento muito relevante, muito importante".

 

"Para nós o destino de Moçambique, o seu bem, a sua prosperidade, o desenvolvimento são também desenvolvimento, prosperidade para Portugal. Portanto, naturalmente que é um momento muito relevante, muito importante", sublinha Paulo Rangel, questionado pelos jornalistas, durante a cerimónia, em Maputo, esta quarta-feira.

O ministro transmitiu também uma "mensagem de esperança", do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a Moçambique.

"Deixa uma palavra de bastante calor e de grande esperança que Moçambique possa dar também ao seu povo condições de prosperidade cada vez maiores e melhores, de forma a que esta Nação, que é tão jovem em idade e jovem porque tem tantos adolescentes que merecem um futuro. É importante assistir este momento de construção desse futuro", disse Paulo Rangel, à chegada à Praça da Independência, onde vai decorrer a investidura de Chapo.

Rangel, que representa o Governo português na cerimónia de tomada de posse de Daniel Chapo, destacou uma "relação forte" entre Marcelo Rebelo de Sousa e Moçambique e indicou que Portugal tem acompanhado a atualidade do país face à tensão pós-eleitoral.

Recorde-se que o candidato presidencial Venâncio Mondlane acusou, terça-feira, Paulo Rangel de parcialidade e de "manipular" a opinião pública ao dizer que tem acompanhado o processo pós-eleitoral em Moçambique.

"Não há trabalho feito da sua parte em relação ao diálogo em Moçambique. Pelo contrário, o senhor sempre foi parcial, foi tendo posições totalmente tristes, sempre foi de adjetivos contra a minha pessoa", afirmou Venâncio Mondlane, num direto a partir da sua conta oficial na rede social Facebook, dirigindo-se a Rangel.

"Saiba muito bem como é que se vai posicionar em Moçambique", avisou Mondlane, saudando, contudo, a ausência da cerimónia do Presidente da República ou do primeiro-ministro de Portugal.

Daniel Chapo é investido hoje, em Maputo, como quinto Presidente da República de Moçambique, o primeiro nascido já depois da independência do país, numa cerimónia com cerca de 2.500 convidados e a presença de dois chefes de Estado.

Atual secretário-geral da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Daniel Chapo era governador da província de Inhambane quando, em maio de 2024, foi escolhido pelo Comité Central para ser candidato do partido no poder à sucessão de Filipe Nyusi, que cumpriu dois mandatos como presidente.

A cerimónia vai decorrer na Praça da Independência, no centro de Maputo, e arranca, segundo o programa oficial, às 08h00 locais (menos duas horas em Lisboa), com atividades culturais, prolongando-se até às 12h20.

A eleição de Daniel Chapo tem sido contestada nas ruas desde outubro, com manifestantes pró- Venâncio Mondlane - que segundo o Conselho Constitucional obteve apenas 24% dos votos mas que reclama vitória - a exigirem a "reposição da verdade eleitoral", com barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia, que já provocaram 300 mortos e mais de 600 pessoas feridas a tiro, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo.

Venâncio Mondlane convocou três dias de paralisação e manifestações, desde segunda-feira, contestando a tomada de posse dos deputados eleitos à Assembleia da República e a investidura do novo Presidente da República, hoje.

Leia Também: Daniel Chapo investido hoje como quinto presidente moçambicano

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