Aves devem ficar em confinamento para prevenir contacto com vírus da gripe aviária

As aves de capoeira e em cativeiro, localizadas em Portugal continental, devem permanecer confinadas nos respetivos alojamentos devido à gripe aviária, evitando o contacto com aves selvagens, indicou hoje a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

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Lusa
15/01/2025 13:30 ‧ há 2 horas por Lusa

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"[...] As aves de capoeira e aves em cativeiro detidas em estabelecimentos, incluindo detenções caseiras, localizadas no território de Portugal continental, deverão ser confinadas nos respetivos alojamentos de modo a impedir o seu contacto com aves selvagens", avisou, em comunicado, a DGAV.

 

Assim, é proibido criar aves ao ar livre.

Na semana passada, a DGAV anunciou que tinha sido detetada gripe das aves numa exploração de galinhas poedeiras em Sintra, tendo sido aplicadas as medidas de controlo, que incluem a inspeção do local onde a doença foi detetada, o abate dos animais infetados e a limpeza das instalações.

Todas as galinhas poedeiras que integravam esta exploração (55.427) foram abatidas.

A DGAV insistiu hoje que os operadores devem comunicar, de imediato, qualquer suspeita de doença dos seus animais, sublinhando que a detenção precoce dos focos é essencial para a implementação das medidas de controlo.

No mesmo dia em que foi confirmado o caso em Sintra, a Direção-Geral da Saúde (DGS) esclareceu que, até à data, não tinham sido identificadas pessoas com sintomas ou sinais sugestivos de infeção por este vírus (H5N1).

A transmissão do vírus para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo.

Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave.

A transmissão ocorre, sobretudo, através do contacto com animais infetados ou com tecidos, penas, excrementos ou inalação de vírus por contacto com animais infetados ou ambientes contaminados.

Na sequência deste caso, Macau e Hong Kong proibiram a importação de frango a partir de Lisboa.

Já tinham sido confirmados em Portugal, na corrente época epidemiológica, três casos de infeção pelo vírus da gripe aviária de alta patogenicidade em aves selvagens, nomeadamente numa gaivota-de-patas-amarelas, em Quarteira, Loulé, numa gaivota-de-asa-escura, em São Jacinto, Aveiro, e numa gaivota-de-patas-amarelas em Olhão, Faro.

Mais de 840 focos de gripe das aves foram detetados na Europa, entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, sobretudo na Hungria e em Itália.

A gripe das aves já afetou mais de 60 espécies de mamíferos em oito anos, incluindo cães, gatos, leões e porcos.

Leia Também: Galinhas da exploração de Sintra com gripe aviária morreram ou foram abatidas

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