"Estamos a monitorizar de perto a situação, que é atualmente extremamente instável, tensa e emocionalmente carregada, após a decisão dos EUA de impor tarifas à maioria dos países", disse o porta-voz, citado pela agência de notícias russa Interfax.
Peskov apontou que a situação atual não está apenas "bastante tensa", mas também ficou refém de "expectativas negativas".
Por essa razão, explicou o porta-voz do Kremlin, as autoridades russas "estão a fazer e farão tudo o que for necessário para minimizar as consequências desta tempestade económica internacional".
Trump excluiu a Rússia da sua lista de tarifas, argumentando que as sanções económicas sobre Moscovo - que o Kremlin pediu para serem levantadas, como um gesto de boa vontade no sentido de conseguir um cessar-fogo na Ucrânia - impedem qualquer comércio significativo.
No entanto, os Estados Unidos e a Rússia continuam a aproximar-se após o regresso de Trump à Casa Branca e, na semana passada, pela primeira vez desde 2022, uma alta autoridade russa deslocou-se a Washington para reforçar o diálogo direto bilateral.
Kirill Dmitriev - responsável do Fundo Russo de Investimento Direto e conselheiro económico do Kremlin - anunciou hoje que este tipo de negociação vai prosseguir na próxima semana.
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