Trump ameaça China com tarifas adicionais de 50% e faz ultimato

O magnata alertou que Pequim deve voltar atrás no aumento das tarifas até amanhã, dia 8 de abril.

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© ROBERTO SCHMIDT/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
07/04/2025 16:56 ‧ há 6 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

EUA

O presidente norte-americano, Donald Trump, alertou, esta segunda-feira, que poderá introduzir tarifas adicionais de 50% contra a China, caso Pequim não volte atrás no aumento de 34% das suas tarifas de retaliação até amanhã, dia 8 de abril.

 

"Ontem, a China emitiu tarifas de retaliação de 34%, além das suas tarifas recorde, direitos não monetários, subsídios ilegais a empresas e manipulação maciça da moeda a longo prazo, apesar do meu aviso de que qualquer país que retalie contra os Estados Unidos emitindo tarifas adicionais, além do abuso tarifário já existente a longo prazo contra a nossa nação, será imediatamente confrontado com tarifas novos e substancialmente mais elevadas, além das inicialmente estabelecidas", começou por dizer Trump, na sua rede social Truth Social.

Nessa linha, o presidente norte-americano advertiu que "se a China não retirar o seu aumento de 34% em relação aos seus abusos comerciais de longa data até amanhã, 8 de abril de 2025, os Estados Unidos imporão à China tarifas ADICIONAIS de 50%, a partir de 9 de abril".

"Além disso, todas as conversações com a China relativas às reuniões que solicitaram connosco serão terminadas! As negociações com outros países, que também solicitaram reuniões, começarão a realizar-se imediatamente", complementou.

Trump voltou hoje a defender a sua decisão de impor tarifas, enquanto os mercados globais continuam a cair e os receios de uma recessão aumentam.

"Os Estados Unidos têm a oportunidade de fazer algo que deveria ter sido feito há décadas", escreveu hoje o governante norte-americano, também na rede social Truth Social.

"Não sejam fracos! Não sejam estúpidos! (...) Sejam fortes, corajosos e pacientes, e a grandeza será o resultado", referiu ainda.

O presidente republicano tem insistido que as tarifas são necessárias para reequilibrar o comércio global e reconstruir a produção nacional.

Na mensagem, acusou outros países de "se aproveitarem dos bons e velhos Estados Unidos" no comércio internacional e responsabilizou os "'líderes' do passado por permitirem isso".

Trump apontou a China como "o maior abusador de todos".

O Dow Jones Industrial Average caiu 1.200 pontos no início das negociações na manhã de hoje e o S&P 500 estava a caminho de entrar num mercado em baixa, o que significa cair 20% em relação a um máximo recente.

Até mesmo alguns dos aliados de Trump estão a dar o alarme sobre os danos económicos, e as previsões financeiras sugerem mais sofrimento no horizonte para as empresas, consumidores e investidores dos Estados Unidos.

Trump também apelou à Reserva Federal para baixar as taxas de juro. 

Dois dias depois do anúncio de Trump sobre as novas tarifas, o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, alertou na sexta-feira para o facto de as tarifas poderem aumentar a inflação e disse que "há muita espera e muita observação", antes de serem tomadas quaisquer decisões.

Os investidores esperam que o banco central dos Estados Unidos reduza as taxas de juro de referência pelo menos quatro vezes até ao final deste ano, de acordo com o FedWatch do CME Group, um sinal de que as preocupações com a inflação serão eclipsadas pelos receios de despedimentos e de uma economia em contração.

[Notícia atualizada às 17h21]

Leia Também: Conselheiro diz que Trump admite pausa nas tarifas, Casa Branca nega

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