A Ucrânia solicitou "uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU e uma reunião especial do Conselho Permanente da OSCE [Organização para a Segurança e Cooperação na Europa] para trazer para o topo [do debate] os crimes russos", escreveu o governante na rede social X, indicando que espera ter os dois encontros acordados na terça-feira.
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano acrescentou que as reuniões contribuirão para os "esforços de paz" e responsabilizarão a Rússia pelas suas ações.
Sybiga recordou que entre os 20 mortos no bombardeamento com um míssil balístico contra Kryvyi Rih, no centro da Ucrânia e a cidade natal do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, estavam nove menores, o que representa "o maior número de crianças mortas num único ataque desde 2022".
"A Rússia atacou parques infantis numa área residencial. Com uma ogiva 'cluster' para maximizar as baixas", descreveu.
O chefe da diplomacia ucraniana pediu mais uma vez "uma forte condenação e uma ação decisiva" para parar os ataques de Moscovo.
"A Rússia deve acabar com o terror contra as crianças e os civis ucranianos, responder à proposta abrangente de cessar-fogo dos Estados Unidos, que a Ucrânia já aceitou, e pôr fim à guerra", apelou ainda.
Na sequência deste ataque, a Rússia negou hoje que esteja a dirigir operações contra alvos civis.
"Os nossos ataques militares são exclusivamente contra alvos militares ou quase militares. Nenhum ataque é realizado contra infraestruturas sociais", declarou o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária.
As autoridades ucranianas acusaram Moscovo de ter lançado, na sexta-feira, um míssil que atingiu uma zona residencial em Kryvyi Rih.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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