Os países que propuseram abrir negociações "fazem-no porque entendem que vão suportar uma parcela significativa destas tarifas", disse o diretor do Conselho Económico Nacional e que apoia o presidente dos EUA em matéria de política económica.
Estas tarifas alfandegárias preveem um aumento universal de 10%, que entrou em vigor no sábado, mas serão aumentadas, a partir de quarta-feira, para várias dezenas de parceiros comerciais dos Estados Unidos, caso da União Europeia (20%) e da China (34%).
Kevin Hassett manifestou-se ainda contrário à tese segundo a qual estas novas taxas alfandegárias penalizarão, sobretudo, a economia americana.
"Não creio que vamos assistir a um grande impacto nos consumidores nos Estados Unidos", insistiu o consultor, entrevistado pelo canal de televisão ABC.
A maioria dos economistas espera que estes novos impostos sobre os produtos importados para os Estados Unidos provoquem uma aceleração da inflação e abrandem o consumo interno.
"Pode haver aumentos de preços", admitiu Kevin Hassett, para quem estas tarifas aduaneiras são uma forma de "tratar os trabalhadores (americanos) de forma justa" e de os proteger da concorrência desleal.
Questionado sobre o motivo pelo qual a Rússia não consta da lista de países taxados, o consultor económico alegou as negociações em curso com Moscovo e Kyiv sobre a guerra na Ucrânia.
"Penso que o presidente tomou a decisão de não confundir as duas questões. Isto não significa que a Rússia, durante o maior tempo possível, será tratada de forma muito diferente de todos os outros países", referiu.
A administração norte-americana explicou na quarta-feira que países como a Bielorrússia, Cuba, Coreia do Norte e Rússia não foram incluídos na lista de tarifas porque estão sujeitos a sanções dos EUA, que já bloqueiam o fluxo de comércio significativo.
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