Ucrânia. China quer contribuir para o fim da guerra com papel construtivo

A China está disposta a desempenhar um "papel construtivo" para pôr fim ao conflito na Ucrânia, apoiando Moscovo na defesa dos seus interesses, afirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi.

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© Sputnik/Kristina Kormilitsyna/Kremlin via REUTERS

Lusa
01/04/2025 12:52 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Durante uma reunião com o homólogo russo em Moscovo, Serguei Lavrov, Wang afirmou que a China país irá trabalhar com a Rússia para contribuir para a paz.

 

A cooperação com Moscovo será "certamente renovada com uma nova vitalidade e entrará numa nova fase", afirmou Wang, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

Lavrov congratulou-se por as relações entre os dois países terem atingido "um novo nível" e afirmou que continuarão a desenvolver-se "em todas as frentes".

"Vemos também a responsabilidade de Moscovo e Pequim em manter uma estreita coordenação na arena internacional", afirmou Lavrov, citado pela agência espanhola EFE.

"Os países da maioria mundial veem nisto, seguramente, o mais importante fator de estabilização nestes momentos difíceis do desenvolvimento da política mundial", acrescentou.

Lavrov disse que iria discutir com Wang os preparativos para o encontro entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e chinês, Xi Jinping, em Moscovo, por ocasião do 80.º aniversário da vitória do Exército Vermelho sobre a Alemanha nazi, em 09 de maio.

"Os encontros entre Putin e Xi dão sempre um impulso importante ao desenvolvimento das relações bilaterais", afirmou Lavrov.

O ministro chinês disse que Pequim está disposta a trabalhar com Moscovo "para contribuir para um mundo multipolar e para a democratização das relações internacionais".

Wang Yi efetua uma visita a Moscovo esta semana para conversações não só com Lavrov, mas também com Putin.

A cooperação diplomática e económica entre Pequim e Moscovo intensificou-se nos últimos anos, sobretudo após o ataque russo à Ucrânia em fevereiro de 2022 e as sanções contra a Rússia.

A China apresenta-se como uma parte neutra no conflito e afirma que não fornece armas letais a nenhuma das partes, ao contrário dos Estados Unidos e de vários países europeus.

Pequim continua a ser um aliado político e económico de Moscovo, ao ponto de os países da NATO terem descrito a China como um "facilitador decisivo" do ataque russo.

As autoridades chinesas nunca condenaram a Rússia por ter invadido a Ucrânia.

"Trabalharemos em conjunto para contribuir ainda mais para a causa da paz e do desenvolvimento humano", afirmou Wang durante a reunião com Lavrov.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, tem apelado a um rápido fim da guerra na Ucrânia, mas a sua administração não conseguiu alcançar um avanço decisivo apesar das negociações com Kiev e Moscovo.

Putin rejeitou um plano americano-ucraniano para um cessar-fogo de 30 dias e, em março, sugeriu que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deveria ser afastado do cargo como parte do processo de paz.

Pequim declarou que Wang manterá "conversações aprofundadas sobre a próxima fase do desenvolvimento das relações sino-russas e sobre questões internacionais e regionais de interesse comum" durante a visita.

Leia Também: Rússia reivindica conquista de povoação no leste da Ucrânia

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