Procurador-geral Rémy Heitz diz que condenação de Le Pen não é política

Um dos mais altos magistrados em França Rémy Heitz respondeu às críticas da condenação de Marine Le Pen, sublinhando que "a justiça não é política" e que a decisão foi tomada por juízes "independentes e imparciais".

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© Sylvain Lefevre/Getty Images

Lusa
01/04/2025 09:17 ‧ ontem por Lusa

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Marine Le Pen

Esta decisão "foi tomada de acordo com a lei, em aplicação dos textos votados pela representação nacional", afirmou o procurador-geral do Tribunal de Cassação na rádio RTL, qualificando como inadmissíveis os "ataques altamente personalizados contra magistrados e as ameaças", lembrando que "podem ser objeto de processo criminal".

 

Marine Le Pen, líder do grupo parlamentar da União Nacional (RN, na sigla em francês), de extrema direita, foi condenada na segunda-feira pelo Tribunal de Paris a quatro anos de prisão, dois dos quais não suspensos e sujeitos a um sistema de vigilância eletrónica, a uma multa de 100.000 euros e a cinco anos de inelegibilidade, a cumprir imediatamente e aplicados mesmo em caso de recurso.

A potencial candidata presidencial da RN e oito eurodeputados franceses da União Nacional foram considerados culpados de terem desviado fundos públicos do Parlamento Europeu.

Dos Países Baixos à Hungria e Espanha, várias vozes da extrema-direita europeia criticaram a condenação de Marine Le Pen, que fica afastada da corrida presidencial.

O Kremlin (presidência russa) também se juntou às críticas, lamentando a "violação das normas democráticas".

"A nossa observação do que se passa nas capitais europeias mostra que não há qualquer hesitação em ultrapassar o quadro da democracia durante um processo político", reagiu o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

"Eu sou Marine", exclamou, por seu lado, o aliado de Le Pen e primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, numa publicação na rede social X.

Para o primeiro-ministro nacionalista, Le Pen junta-se às fileiras dos "patriotas" que, segundo ele, são vítimas de uma cabala, como o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ou o vice-primeiro-ministro italiano, Matteo Salvini.

O líder da Liga italiana, que também já teve problemas com a justiça do seu país, também deu o seu apoio a Marine Le Pen.

"Não nos deixemos intimidar, não paremos: a toda a velocidade, minha amiga", escreveu, denunciando a "declaração de guerra" de Bruxelas, que considerou estar na origem da condenação de Le Pen, acusada de ter tido pessoas que trabalhavam efetivamente para a União Nacional pagas pelo Parlamento Europeu.

Leia Também: Trump compara processos de que foi alvo com condenação de Le Pen

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