Maduro diz que número de estrangeiros detidos na Venezuela ultrapassa 150

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que mais de 150 estrangeiros, que descreveu como mercenários, foram detidos nos últimos meses devido a planos para "colocar bombas, atacar, destruir".

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Lusa
09/01/2025 06:17 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

Venezuela

 "Já temos mais de 150 mercenários estrangeiros, gringos, ucranianos, etc", disse na quarta-feira o chefe de Estado, num evento transmitido pela televisão estatal venezuelana VTV.

 

Maduro acusou ainda a líder da oposição María Corina Machado de "mobilizar grupos de mercenários para tentar atacar manifestações da oposição de extrema-direita" e de pretender "mais uma vez uma emboscada contra o seu próprio povo".

Mas na Venezuela, garantiu o Presidente dois dias antes da tomada de posse presidencial, "a paz, a Constituição e a unidade nacional reinarão".

Até terça-feira, as autoridades tinham anunciado a detenção de 132 estrangeiros, incluindo dois dos Estados Unidos, dois da Colômbia e três da Ucrânia, disse Maduro.

O Presidente disse na quarta-feira que, entre o grupo de sete estrangeiros detidos nas últimas horas, está um oficial da polícia de investigação dos Estados Unidos, o FBI, e um soldado norte-americano, e acusou os dois colombianos de serem sicários.

Horas antes, o Departamento de Estado norte--americano negou que o país esteja envolvido numa "conspiração para derrubar" Maduro.

A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória ao Maduro, com pouco mais de 51% dos votos.

A oposição venezuelana afirma que Edmundo González Urrutia (atualmente exilado em Espanha) obteve quase 70% dos votos.

A oposição e muitos países denunciaram uma fraude eleitoral e têm exigido que o CNE apresente as atas de votação para uma verificação independente, algo que o Conselho ainda não fez.

Em 02 de janeiro, as autoridades venezuelanas ofereceram uma recompensa de 100 mil dólares (cerca de 97,4 mil euros) por informações sobre o paradeiro de Urrutia.

Na semana passada, Maduro avisou que o poder presidencial no país "jamais cairá nas mãos de um fantoche da oligarquia e do imperialismo".

"Esta casa é a casa do povo. Agora e sempre", afirmou, num vídeo divulgado na rede social Instagram.

Leia Também: Nicolás Maduro diz estar a exercer a legítima defesa da Venezuela

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