Biden lança dúvidas sobre aptidão para novo mandato antes de deixar cargo

O Presidente norte-americano Joe Biden lançou dúvidas, numa entrevista dias antes de deixar o cargo, sobre a sua aptidão para cumprir mais quatro anos, afirmando, no entanto, que poderia ter ganho as eleições para um segundo mandato.

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© Al Drago/Bloomberg via Getty Images

Lusa
09/01/2025 00:26 ‧ há 17 horas por Lusa

Mundo

EUA

O democrata referiu, numa entrevista ao USA Today publicada quarta-feira, que tentou, durante a sua reunião no Sala Oval com o presidente eleito, Donald Trump, desencorajar o republicano de ir atrás dos seus adversários políticos, como disse que faria.

 

Biden frisou também que ainda não decidiu se concede indultos abrangentes para proteger preventivamente estas pessoas de qualquer possível perseguição por parte de Trump ou da nova administração.

O chefe de Estado, de 82 anos, respondeu "não sei" quando questionado sobre se teria vigor para cumprir mais quatro anos no cargo.

Apesar de insistir que não pretendia candidatar-se à presidência em 2020, Biden garantiu que quando Trump se recandidatou no ano passado, pensou ser "realmente a melhor hipótese para o vencer".

"Mas também não pretendia ser presidente aos 85, 86 anos. Mas eu não sei. Quem sabe? Até agora, tudo bem. Mas quem sabe o que serei quando tiver 86 anos?", acrescentou.

Biden foi também questionado sobre se poderia ter sido reeleito: "É presunçoso dizer isto, mas acho que sim", vincou Biden, explicando que a sua avaliação foi "baseada nas sondagens" que analisou, mas sem fornecer mais detalhes.

As preocupações com a idade e a condição física de Biden acompanhavam-no desde que anunciou a sua candidatura à reeleição, mas desistiu da corrida presidencial perante a pressão dentro do partido em julho, depois de vacilar num debate contra Trump.

Biden apoiou a vice-presidente Kamala Harris, que perdeu para o republicano em novembro.

O democrata salientou ainda que o seu "maior medo" é que Trump elimine partes da importante legislação climática que Biden assinou em 2022.

Também criticou Trump por sugerir que o condutor do ataque mortal com um veículo no dia de Ano Novo em Nova Orleães era um imigrante que entrou nos EUA vindo do México.

O FBI (polícia federal norte-americana) identificou o condutor, Shamsud-Din Jabbar, cidadão norte-americano do Texas e veterano do Exército. Catorze pessoas morreram e quase três dezenas ficaram feridas no ataque. Jabbar foi morto pela polícia.

Biden disse que aposta que muitas pessoas leram o que Trump disse sobre o agressor e acreditaram.

"Como se lida com isso?", questionou ainda o presidente norte-americano, referindo-se ao seu sucessor como alguém "que não é conhecido por dizer a verdade".

Leia Também: Administração Biden nega que anexações 'de Trump' sejam importantes

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