A trégua entre Israel e o Hezbollah entrou em vigor a 27 de novembro de 2024 e, desde então, as duas partes têm-se acusado mutuamente de repetidas violações.
Num comunicado, as forças de segurança israelitas afirmaram que estavam armazenados nos locais cerca de 200 morteiros, sistemas de lançamento de foguetes de artilharia e outro equipamento militar.
Segundo a mesma fonte, foi também encontrado um lança-foguetes montado sobre um camião.
Todas as armas foram apreendidas e posteriormente destruídas pelos militares, indicou o Exército israelita na mesma nota informativa, afirmando ainda estar a trabalhar para "eliminar qualquer ameaça" e destruir "infraestruturas terroristas".
"Estamos a combater esta situação de acordo com o entendimento entre as partes e no âmbito do acordo de cessar-fogo", disse o Exército israelita.
Na terça-feira, o Conselho de Ministros libanês afirmou que as tropas israelitas retiraram-se de cerca de um terço dos territórios do sul do Líbano, invadidos no início de outubro de 2024, e congratulou-se com a "aceleração" da retirada israelita.
"Na última semana, houve uma aceleração do processo e os israelitas retiraram-se de um terço dos territórios que invadiram", declarou o ministro da Informação libanês, Ziad Makari, no final da reunião do Conselho de Ministros, citado num comunicado.
O ministro recordou que faltam apenas cerca de 20 dias para o final dos 60 dias estipulados no acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, durante os quais as tropas israelitas devem retirar-se completamente do sul do Líbano e dar lugar ao destacamento do exército libanês.
Nos termos do acordo de tréguas, o exército libanês e as forças de manutenção da paz da ONU devem instalar-se no sul do Líbano e o exército israelita deve retirar-se no prazo de 60 dias.
O acordo prevê também a retirada do Hezbollah para um raio de cerca de 30 quilómetros da fronteira israelita.
O Hezbollah começou a bombardear Israel para apoiar o grupo palestiniano Hamas, que enfrenta uma vasta ofensiva militar na Faixa de Gaza desde que atacou o sul do território israelita em 07 de outubro de 2023.
Em setembro de 2024, Israel intensificou a campanha de bombardeamentos contra os bastiões do Hezbollah no Líbano e, posteriormente, enviou tropas para o sul do país.
Os ataques israelitas contra o Líbano causaram cerca de quatro mil mortos e 16.500 feridos, incluindo o líder histórico do Hezbollah (Partido de Deus) Hassan Nasrallah, que foi morto num bombardeamento israelita a Beirute no final de setembro de 2024.
O número de membros do Hezbollah mortos pelos ataques israelitas ronda os 2.500, segundo Telavive.
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