O Palácio do Eliseu reagiu, esta quarta-feira, à morte do líder histórico da extrema-direita francesa, Jean-Marie Le Pen, considerando que está agora "sujeito ao julgamento da História".
Numa nota, citada pela imprensa francesa, o presidente de França, Emmanuel Macron, enviou condolências "à sua família e entes queridos", destacando que Le Pen, uma "figura histórica da extrema-direita", foi o "primeiro presidente da Frente Nacional", "deputado três vezes", "cinco vezes candidato presidencial" e "sete vezes deputado europeu".
"Desempenhou durante quase setenta anos um papel na vida pública do nosso país, que está agora sujeito ao julgamento da História", lê-se.
Jean-Marie Le Pen morreu, esta terça-feira, aos 96 anos. Segundo anunciou a sua a família à agência France-Presse (AFP), estava "rodeado pela família" e "foi chamado de volta a Deus às 12h00" (11h00 em Lisboa).
O fundador da Frente Nacional (criado em 1972), atual União Nacional (RN, na sigla em francês), retirou-se progressivamente da vida política a partir de 2011, quando a sua filha Marine assumiu a presidência do partido, que liderou até novembro de 2023.
Figura polarizadora na política francesa, Le Pen era conhecido pela sua retórica inflamada contra a imigração e o multiculturalismo, que lhe valeu tanto apoiantes fiéis como uma condenação generalizada.
Em 2018, Marine Le Pen mudou o nome do partido para se demarcar da sua imagem "demonizada" e expandir o seu apelo eleitoral, culminando no seu próprio sucesso presidencial.
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