"A lista teve 50 votos a favor, 26 contra e dois votos em branco", disse à Lusa o presidente da distrital de Aveiro do PS, Hugo Oliveira.
O presidente da distrital considerou que não é anormal este número de votos contra, atribuindo as divergências internas à recente disputa para a distrital, em que o anterior presidente, Jorge Sequeira, saiu derrotado, assinalando que os contestatários tiveram "menos votos do que a representatividade que têm na comissão política".
"Estamos a falar de dois terços contra um terço, quando na comissão política estavam 40 elementos afetos à minha lista e 30 afetos à lista do Jorge Sequeira, que ontem [segunda-feira] foi lá apelar ao voto contra", afirmou.
Relativamente ao facto de a deputada Cláudia Santos, que nas últimas legislativas surgia em segundo lugar, não fazer parte da lista agora aprovada na distrital, Hugo Oliveira lembrou que esta tinha entrado pela quota nacional.
"O que estávamos a discutir ontem eram os nomes distritais. A Cláudia Santos nunca foi votada numa reunião como aconteceu ontem [segunda-feira]", explicou.
A lista de candidatos a deputados do PS pelo círculo eleitoral de Aveiro é encabeçada por Pedro Nuno Santos, seguindo-se a deputada Susana Correia (Santa Maria da Feira), que subiu do quinto para o segundo lugar, e de Hugo Oliveira, que subiu do quarto para o terceiro lugar.
Na quarta posição surge Filipe Neto Brandão (Aveiro), que desce um lugar, e no quinto lugar irá figurar uma mulher indicada pela quota nacional.
A sexta posição é ocupada por Paulo Tomáz (Águeda), que subiu de 10.º para o 6.º lugar, seguindo-se Nuno Almeida (Espinho), uma novidade, a presidente das mulheres socialistas, Ana Marta Matos (Ovar), que subiu do 14.º para o 7.º lugar, e na oitava posição surge Carolina Gamelas (JS/Albergaria), outra novidade.
Para além de Cláudia Santos, ficaram ainda de fora da lista nomes como os ex-deputados Porfírio Silva, Joana Sá Pereira e Bruno Aragão.
A lista agora aprovada ainda terá de ser homologada pela Comissão Política Nacional do PS que reúne na quarta-feira à noite para aprovar a versão definitiva das listas de candidatos a deputados às legislativas antecipadas, adiantou à Lusa fonte oficial do partido no final da semana passada.
Pelos estatutos do PS, cabe ao secretário-geral, Pedro Nuno Santos, indicar um terço do total de lugares, sendo os restantes dois terços da responsabilidade das comissões políticas federativas de cada círculo eleitoral.
Leia Também: Designação 'AD'? "Indubitável risco de indução dos eleitores em erro"