Pedro Nuno Santos falou aos jornalistas na sede do Partido Socialista, em Lisboa, onde prosseguem as sessões de debate do partido para o programa eleitoral Legislativas 2025.
O secretário geral do PS começou por analisar a atual situação política em Portugal referindo que ainda antes desta "crise política já tínhamos um primeiro-ministro que fugia ao escrutínio".
Referindo-se às polémicas em que Luís Montenegro se viu envolvido, e que levaram à queda do seu Executivo, Pedro Nuno Santos disse que este "confrontou-se com jornalistas muito poucas vezes para falar e prestar contas sobre o país e as politicas que estava a seguir" e considerou que quando se iniciou a crise atual "estas dúvidas aumentaram".
"Um político não pode fugir nem evitar escrutínio", atirou o socialista, lembrando que esta é "uma consequência de estarmos nesta atividade" e que “não teremos uma democracia saudável se os políticos acharem que podem fugir”.
O secretário-geral do PS admitiu que "são muitos os portugueses que se questionam das razões" para haver eleições antecipadas, repetindo uma ideia que tem defendido na abertura destas sessões: "o PS não desejou estas eleições".
"O primeiro-ministro, neste esforço por evitar o escrutínio, usou a moção de confiança para tentar condicionar um inquérito parlamentar, primeiro a sua própria existência depois condicionar o seu funcionamento", condenou.
Pedro Nuno Santos defendeu que "a liderança e o projeto político são duas faces da mesma moeda" e apontou que "esta forma de atuação teve reflexo na própria governação".
Outro dos aspetos que o líder do PS apontou nesta intervenção -- a parte da sessão aberta à comunicação social já que o restante debate é fechado -- é a existência de um "discurso com alguma violência" que recupera elementos discriminatórios.
Segundo Pedro Nuno Santos há um "avanço da extrema-direita e das suas ideias" e defendeu "uma ideologia de igualdade e de respeito".
"Aquilo que nós defendemos é uma coisa tão simples como igualdade", disse.
[Notícia atualizada às 13h01]
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