Em declarações aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre a opção do presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, de não participar nos frente a frente com BE, Livre e PAN - remetendo nestes casos a representação da coligação PSD/CDS-PP para o presidente do partido mais pequeno.
"Não vou comentar as escolhas de cada qual. Portanto, cada qual escolhe de acordo com os seus critérios. Eu, quando fui candidato, adotei o meu critério, mas era diferente, eram candidaturas presidenciais. Portanto, respeito as opções de cada qual, quer daqueles que acham que devia ser de uma maneira, quer daqueles que acham que devia ser de uma maneira diferente", afirmou o chefe de Estado.
Interrogado se considera que os debates podem ser decisivos, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "Acho que sim, acho que podem ser. Acho que podem ser, primeiro, porque são muito variados. Segundo, porque são mais próximos das eleições. Terceiro, se houver uma proximidade grande entre as alternativas governativas, aí são verdadeiramente decisivos".
"Quer dizer, se se chegar muito próximo das eleições e as soluções alternativas de Governo, isto é, aquelas que tiverem condições de fazer passar o programa do governo, forem muito próximas, e se for uma escolha, já aconteceu isso na história da nossa democracia, por poucos pontos de diferença, então aí os debates são muito importantes", acrescentou.
Em matéria de debates, o Presidente da República comentou que "tem havido modas para todos os gostos" e que até já assistiu "a casos em que quem era primeiro-ministro não aceitava sequer debater com o líder da oposição".
"Já aconteceu isso, e, portanto, foi o vice-primeiro-ministro que debateu com o líder da oposição. Houve de tudo", prosseguiu.
No caso das legislativas antecipadas de 18 de maio, convocadas na sequência da queda do Governo PSD/CDS-PP pela reprovação de uma moção de confiança no parlamento, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que "as regras foram definidas há um ano", para as legislativas de 10 de março de 2024, e que "agora a aplicação das regras dava um resultado um bocadinho diferente".
O chefe de Estado recusou comentar sondagens, mas realçou que os debates televisivos vão começar na segunda-feira e vão prolongar-se até ao fim de abril, "debates muito intensos, exaustivos".
Na sua opinião, os debates "são cada vez mais importantes", porque, se antigamente as campanhas "eram feitas na rua sobretudo, agora são feitas na comunicação social".
[Notícia atualizada às 16h53]
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