O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vê os dados do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) como um reforço da ideia de que "Portugal continua a ser um país seguro", mas "não mudou de opinião", garantindo que a "visibilidade do policiamento vai continuar" para combater os crimes violentos, que aumentaram em 2024.
"A política do Governo de reforço do policiamento de proximidade, reforço da visibilidade do policiamento e das operações preventivas de combate a fenómenos criminais mais violentos vai continuar e será fundamental para diminuir alguns fenómenos mais violentos que tiveram evolução negativa em 2024", garantiu Montenegro, que presidiu esta segunda-feira à reunião do Conselho Superior de Segurança Interna, que aprovou o RASI, agora remetido ao Parlamento.
O primeiro-ministro confirmou, assim, que criminalidade geral diminuiu no ano passado 4,6% e a criminalidade violenta aumentou 2,6% - pode consultar todos os resultados do relatório aqui.
Apesar de estes dados indicarem que "Portugal continua a ser um dos países mais seguros do mundo", Montenegro defende que "não podemos viver à sombra desse contexto".
"Outros países tiveram uma performance muito similar à nossa e hoje têm problemas muito graves de aumento da criminalidade, em particular da mais grave e violenta. A minha opinião não mudou. Temos todas as razões para continuar a investir na segurança", defendeu o primeiro-ministro.
A pensar no futuro, o governante prometeu mais "condições para que os operacionais das forças e serviços de segurança possam sentir-se mais atraídos para abraçar esse compromisso".
Confrontado com questões políticas, Montenegro recusou responder a mais perguntas dos jornalistas, dizendo apenas que está "empenhado em dar às portuguesas e portugueses em dar soluções para os seus problemas".
"Não sou suspeito de nada relativamente à minha vida profissional e patrimonial. Tenho sido alvo de muitas denúncias anónimas e não comprovadas", acrescentou.
O RASI é elaborado pelo Sistema de Segurança Interna e aprovado no Conselho Superior de Segurança Interna, órgão interministerial de audição e consulta em matéria de segurança interna que é presidido pelo primeiro-ministro.
Além dos diretores das polícias e do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa e do Serviço de Informações de Segurança, fazem também parte deste órgão os ministros da Administração Interna, Presidência, Justiça, Defesa Nacional, Finanças e Obras Públicas, Transportes e Comunicações e o Procurador-Geral da República.
[Notícia atualizada às 19h13]
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