"Parece-nos que é um projeto importante e, tanto quanto sabemos, o Governo também o tem sinalizado como um projeto prioritário em termos de mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa", afirmou o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), referindo-se à criação de um corredor 'bus' na A5.
O autarca do CDS-PP falava na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, no momento de perguntas à câmara, após ter sido questionado pelo deputado da Iniciativa Liberal (IL) Rodrigo Mello Gonçalves sobre qual a posição do executivo camarário da capital quanto à criação de um corredor 'bus' na A5.
Anacoreta Correia disse que esse projeto pressupõe a negociação por parte do Governo, liderado pelo PSD/CDS-PP, junto da empresa concessionária da A5, a Brisa.
"Mas é, efetivamente, um projeto de grande importância e que nos parece que seria muito importante para ter alternativas para as pessoas entrarem na cidade e, dessa forma, também contribuírem para uma melhoria da mobilidade da cidade", expôs, destacando o investimento do executivo camarário no transporte público, em particular na empresa municipal Carris.
A deputada municipal do PEV Cláudia Madeira questionou sobre quando é que o serviço especial para pessoas com mobilidade reduzida passa a estar integrado no passe de transporte público Navegante, ao que Anacoreta Correia esclareceu que "estar disponível a partir de 20 de janeiro".
Cláudia Madeira procurou ainda saber informação sobre a expansão da rede do Metropolitano de Lisboa, em particular a transformação da linha circular numa linha em laço, ao que Anacoreta Correia adiantou que o Governo encomendou estudos para "perceber a viabilidade de uma linha em laço e, eventualmente, a sua conciliação/compatibilização com a linha circular", aguardando-se uma decisão sobre essa matéria.
Em resposta à deputada do BE Joana Teixeira, o vice-presidente da câmara realçou a gratuitidade dos transportes públicos para os mais novos e os mais velhos, indicando que essa medida já beneficiou 90 mil pessoas, dos quais "cerca de metade" são novos utilizadores, e destacou o investimento na Carris, com 220 milhões até 2027, inclusive para crescimento e melhoria da frota.
Isabel Mendes Lopes, do partido Livre, perguntou sobre a rede de faixas 'bus', o sistema de informação da Carris, as medidas para a redução da sinistralidade rodoviária e sobre quando é que a câmara vai executar a proposta aprovada para redução generalizada da velocidade máxima de circulação rodoviária na cidade.
Apelando ao "equilíbrio e bom senso", atendendo a todos os tipos de mobilidade, Anacoreta Correia considerou que o discurso do Livre "é agressivo, radical e muito extremista", porque "ignora a realidade" e defende a redução da velocidade para 30 quilómetros por hora "de uma forma cega".
A questão da higiene urbana, inclusive a greve dos trabalhadores entre o Natal e o Ano Novo, foi também colocada por vários deputados, com a câmara afirmar que existe um reforço do investimento nesta área.
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