Henrique Gouveia e Melo, apontado como preferido para suceder a Marcelo Rebelo de Sousa para a Presidência da República, não descartou, esta sexta-feira, uma eventual candidatura, mas primeiro quer aproveitar umas "merecidas férias" e, "depois, logo se vê".
"Desde que passei à reserva, estou mais perto de tirar umas merecidas férias. Depois logo se vê", afirmou em entrevista ao 'Expresso Podfest'.
"Tive anos muito intensos, três anos a comandar a Marinha e o comando anterior relacionado com a pandemia. Acho que mereço agora umas férias durante uns tempos", explicou.
Sobre as sondagens, que o colocam como favorito nas eleições Presidenciais, Gouveia e Melo fez questão de agradecer aos portugueses a "simpatia, que manifestam muitas vezes até na rua, e a confiança".
Sublinhe-se que uma sondagem da Pitagórica para a TVI, CNN Portugal, TSF, JN e O JOGO, divulgada na quinta-feira, colocou o ex-chefe do Estado-Maior da Armada como favorito à frente de 18 personalidades.
A sondagem era composta por quatro respostas: votaria de certeza, talvez votasse, jamais votaria, não conhece/não consegue ou não quer avaliar o candidato. Gouveia e Melo e António Guterres empataram com 28% dos inquiridos a afirmar que "votaria de certeza", mas 29% afirmou que "talvez votasse" no almirante e 26% do secretário-geral das Nações Unidas.
Debater tema da Defesa é "urgente e necessário"
Durante o programa, Gouveia e Melo considerou ainda "urgente e necessário" debater a defesa militar de Portugal e da Europa no contexto internacional, durante a campanha para as presidenciais, considerando que o país não se pode alhear de um problema que "pode afetar" não só a segurança mas também a prosperidade.
Gouveia e Melo admitiu que, "de alguma forma, vai haver alguma afetação nas despesas sociais" com um maior investimento em Defesa. "Mas o que interessa também ter despesas sociais se não tivermos país? Ou se tivermos que obedecer a uma autoridade exterior, ainda por cima, ditatorial? Portanto, isto é um conjunto de pesos e contrapesos que temos que medir", afirmou.
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