Uma mulher encontrou o tio, de 53 anos, morto, durante o horário da visita, no Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca, conhecido como Amadora-Sintra.
Tudo aconteceu no passado mês de dezembro. De acordo com a CNN Portugal, que avançou com a notícia, a família do doente, Luís Albuquerque Santos, tinha sido avisada que o doente oncológico estaria "por dias" e que aquela seria, provavelmente, a última visita. No entanto, ninguém avisou a sobrinha que este estava já cadáver.
Só quando Cláudia Albuquerque se aproximou da maca e tentou falar com o familiar é que percebeu que este estava morto.
Chocada com a situação, a mulher apresentou, já em janeiro, sabe o Notícias ao Minuto, uma reclamação formal ao hospital e ao Ministério da Saúde.
Ao Notícias ao Minuto, o Amadora-Sintra não só lamentou "profundamente" o ocorrido, como admitiu que houve "constrangimentos na comunicação referente à prestação de informação sobre a atualização do estado clínico do senhor Luís Manuel Albuquerque Santos".
Contudo, o hospital assegura que foram "prestados todos os cuidados clínicos necessários" ao utente, "tanto no contexto de Urgência hospitalar, quanto nos Cuidados de Saúde Primários" e que "esta situação [falha de comunicação] não interferiu com a evolução clínica e desfecho esperados, previamente comunicados pelo Hospital junto da pessoa de referência para contacto, indicada pelo utente".
"Reconhecemos a importância de uma comunicação eficaz e contínua com as famílias dos nossos utentes, especialmente em situações tão sensíveis, como a descrita", salientaram, acrescentando ainda que os restantes esclarecimentos serão prestados "de forma transparente e em respeito à privacidade do utente".
A família reclama ainda o facto de o paciente ter dado entrada no dia 8 de janeiro e, três dias depois, a 11 de dezembro, quando morreu, ainda estar no Serviço de Observação de Urgência Geral hospitalar e não na Enfermaria, assim como só ter sido autorizada a visitá-lo nessa altura.
O Notícias ao Minuto sabe que esta é uma prática comum, no Amadora-Sintra e não só, em períodos de maior pressão, como o inverno, quando não há vagas nas enfermarias. As visitas nestes serviços são mais curtas.
No hospital em causa, por exemplo, os familiares dos doentes têm direito a uma visita diária, com a duração máxima de 10 minutos.
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