A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, informou hoje que o Presidente norte-americano, Donald Trump, está determinado em "manter a paz no Estreito de Taiwan", reiterando a posição dos EUA, que se opõe a "qualquer tentativa unilateral de alterar o 'status quo' através da força ou da coerção".
As autoridades chinesas anunciaram hoje que realizaram manobras militares, envolvendo várias unidades das Forças Armadas, para "se aproximarem da ilha a partir de várias direções" e "enviar um sério aviso às forças separatistas que procuram a independência da ilha".
A ilha de Taiwan tem sido governada de forma autónoma desde 1949, sob a designação de República da China, e tem uma força armada e um sistema político, económico e social distintos, destacando-se como uma das democracias mais avançadas da Ásia.
No entanto, Pequim sempre viu Taiwan como uma "parte inalienável" do território chinês e não descarta o uso da força para alcançar a "reunificação" da ilha com o continente, uma das metas estabelecidas pelo Presidente chinês, Xi Jinping, após ter chegado ao poder em 2012.
Embora tradicionalmente estejam em desacordo com a China - sobretudo desde que os republicanos regressaram ao poder e intensificaram a guerra comercial com o país asiático - os EUA não reconhecem oficialmente a independência de Taiwan.
Em fevereiro, Trump tinha evitado comprometer-se em impedir uma eventual invasão chinesa de Taiwan, salientando a "ótima relação" com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, defensor da necessidade de reintegrar o território com um governo autónomo na China.
"Não me quero colocar nessa posição", respondeu nessa altura o Presidente norte-americano quando questionado pelos jornalistas na Casa Branca se assumiria o compromisso de que não permitiria que Pequim invadisse a ilha durante o seu mandato.
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