Após audiência Netanyahu fala em "perseguição" e que detidos são "reféns"

O chefe de governo de Israel foi ouvido depois de dois dos seus conselheiros, Eli Feldstein e Yonathan Urich, terem sido detidos no âmbito da investigação Qatargate, que envolveu alegados pagamentos do Qatar em troca da criação de uma campanha mediática israelita favorável ao Campeonato do Mundo de 2022.

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© Amos Ben Gershom/GPO via Getty Images

Notícias ao Minuto
31/03/2025 19:39 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

Mundo

Benjamin Netanyahu

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, publicou, esta segunda-feira, um vídeo no qual fala da sua audiência no âmbito do Qatargate, que decorreu hoje.

 

"A polícia disse que precisam de quatro horas, mas depois de uma hora já não tinham mais perguntas", referiu, citado pela publicação israelita The Times of Israel.

De acordo com o que o chefe de governo de Israel afirmou, as autoridades não têm provas no âmbito deste caso. "Eu disse: 'Mostrem-me algo'. E eles não tinham nada", apontou.

Note-se que esta segunda-feira foram detidos dois conselheiros de Netanyahu, Eli Feldstein e Yonathan Urich, no âmbito da investigação Qatargate, que envolveu alegados pagamentos do Qatar em troca da criação de uma campanha mediática israelita favorável ao Campeonato do Mundo de 2022.

"Entendo que se trata de uma investigação política, mas não sabia até que ponto", afirmou, dizendo depois de os conselheiros em causa estão detidos "como reféns."

"Trata-se de uma caça política que tem por objetivo impedir o despedimento do chefe do Shin Bet e derrubar um primeiro-ministro de direita", defendeu, perante este caso.

A 21 de março, Netanyahu demitiu Ronen Bar, antigo chefe da Shin Bet [segurança interna de Israel], mas a decisão foi suspensa pelo poder judicial até, pelo menos, 8 de abril, para que o Supremo Tribunal pudesse analisar o recurso apresentado pelos partidos da oposição (Yesh Atid, Israel Beitenu, Unidade Nacional e Democratas) e pelo Movimento para um Governo de Qualidade em Israel.

Entretanto, o líder da oposição israelita, Yair Lapid, descreveu o processo de seleção do novo chefe do Shin Bet, Eli Sharvit, como precipitado e irresponsável. "O único objetivo é pôr fim à investigação sobre o Qatargate antes que seja convocado para interrogatório, como ordenou recentemente a Procuradora-Geral", escreveu Lapid numa mensagem que difundiu nas redes sociais.

O Shin Bet suspeita que os dois conselheiros receberam subornos do Qatar, no caso que ficou conhecido como Qatargate. Ambos são suspeitos de cometer crimes de "contacto com agente estrangeiro, aceitação de suborno, fraude, abuso de confiança e branqueamento de capitais", informou o diário progressista Haaretz, que divulgou o caso.

Uma terceira pessoa, identificada pela imprensa local como jornalista, estava a ser interrogada no âmbito do caso, embora não tenha sido detida.

De acordo com a TV israelita Canal 13, os dois homens, que permanecem sob custódia, vão comparecer na terça-feira no Tribunal de Rishon Lezion, onde a polícia deverá pedir uma extensão da detenção.

O Qatar, um Estado do Golfo que não tem relações diplomáticas com Israel e há muito acolhe líderes do grupo islamita palestiniano Hamas, também está a mediar as negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza.

[Notícia atualizada às 21h18]

Leia Também: Netanyahu chamado a depor como testemunha no caso Qatargate

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