"Vários terroristas foram identificados a carregar um camião com armas utilizadas pela organização terrorista Hezbollah no sul do Líbano", declarou o exército em comunicado, acrescentando que um avião militar tinha atingido o veículo "a fim de eliminar a ameaça".
O incidente ocorre numa altura em que vigora um frágil cessar-fogo após meses de hostilidades entre Israel e o movimento libanês pró-iraniano.
O Ministério da Saúde libanês já tinha avançado com a indicação da morte de duas pessoas num ataque israelita no sul do Líbano.
Segundo a Agência Nacional de Notícias (ANI, oficial) libanesa, um 'drone' israelita atingiu um carro em Tayr Debba, a cerca de 20 quilómetros a norte da fronteira com Israel.
Uma fonte de segurança libanesa disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) que um lançador de 'rockets' tinha sido atingido e que os projéteis tinham explodido.
A 27 de novembro, entrou em vigor uma trégua entre Israel e o Hezbollah, após mais de um ano de hostilidades desencadeadas pelo movimento pró-iraniano, incluindo dois meses de guerra total durante os quais Israel também enviou tropas terrestres para o sul do Líbano.
O Hezbollah, aliado do Irão, abriu uma frente de apoio ao movimento islamita palestiniano Hamas contra Israel, no início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada a 07 de outubro de 2023 pelo ataque sem precedentes do Hamas ao sul de Israel.
Nos termos do acordo de cessar-fogo, o exército libanês deve ser colocado ao lado das forças de manutenção da paz da ONU no sul, enquanto o exército israelita deve retirar-se da região durante um período de 60 dias, que termina a 26 de janeiro.
O Hezbollah deve retirar as suas forças a norte do rio Litani, a cerca de 30 quilómetros da fronteira, e desmantelar todas as infraestruturas militares que ainda existam no sul do país.
Apesar da entrada em vigor da trégua, Israel continuou a efetuar ataques esporádicos no sul e no leste do Líbano.
No domingo passado, o ministro da Defesa israelita, Israel Katz, acusou o Hezbollah de não se retirar "para além do rio Litani" e de não respeitar outros termos do cessar-fogo, depois de o movimento pró-iraniano ter acusado Israel de violações.
Foi criado um mecanismo de controlo que reúne a França, os Estados Unidos, o Líbano, Israel e a força de manutenção da paz da ONU no Líbano (FINUL) para supervisionar a aplicação do cessar-fogo.
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