Entre os sancionados estão os procuradores da DGCIM Dinorah Puerta e Farik Mora, o diretor de investigações criminais da agência, Asdrubal Hernández, e o seu antigo diretor-adjunto, Rafael Marrero.
As sanções afetam também vários membros da Guarda Nacional Bolivariana, entre eles o seu comandante geral, Elio Paredes, o comandante da região da capital, Johan Lárez, e o tenente-coronel Alexander Arteaga.
Outros sancionados incluem o diretor do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN), Alexis Cabello, e o seu diretor-adjunto, Miguel Palacios; o general de brigada da Polícia Nacional Bolivariana, Rubén Servigna, e Domingo Lárez, comandante das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Canadá afirmou que os sancionados estão ligados à repressão dos protestos "na sequência da eleição ilegítima de Nicolás Maduro para a presidência da Venezuela em julho de 2024".
A Venezuela realizou eleições presidenciais em 28 de julho de 2024, sendo a vitória atribuída pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a Nicolás Maduro com pouco mais de 51% dos votos, ao passo que a oposição afirma que o antigo diplomata Edmundo González Urrutia, obteve quase 70% dos votos.
Os resultados eleitorais foram contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo, segundo as autoridades, de mais de 2.400 detenções, 27 mortos e 192 feridos.
"Estas violações generalizadas dos direitos humanos fizeram parte de um esforço concentrado do regime de Maduro para silenciar e intimidar aqueles que exigiam transparência e eleições livres e justas na Venezuela", acrescentou o Governo canadiano num comunicado.
As sanções bloqueiam os alegados ativos dos visados no Canadá e proíbem pessoas e entidades sediadas no Canadá, ou os canadianos no estrangeiro, de manterem relações económicas com as pessoas sancionadas.
Os Estados Unidos da América (EUA) condenaram hoje a posse "fictícia" de Nicolás Maduro como Presidente da Venezuela, enquanto o Reino Unido o classificou como "ilegítimo", com ambos os países a imporem novas sanções contra o seu regime.
"Maduro demonstrou mais uma vez o seu total desrespeito pelas normas democráticas e está a proceder a uma tomada de posse ilegítima", disse aos jornalistas o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca, John Kirby.
Nicolás Maduro, com o apoio do exército e de uma administração sob ordens do poder chavista, foi empossado hoje para um terceiro mandato de seis anos, numa cerimónia descrita como um "golpe de Estado" pela oposição venezuelana, que reivindica a vitória do seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia, nas eleições presidenciais de 28 de julho.
A administração cessante de Joe Biden aumentou hoje de 15 para 25 milhões de dólares a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro, por crimes relacionados com tráfico de droga.
O anúncio faz parte de uma nova bateria de sanções que estão a ser impostas pelos EUA.
Além da recompensa por Maduro, os EUA oferecem 25 milhões de dólares (cerca de 24,4 milhões de euros, ao câmbio atual) por informações que levem à captura do ministro do Interior, Diosdado Cabello, e outros 15 milhões (cerca de 14,65 milhões de euros) pela prisão do ministro da Defesa, Vladimir Padrino.
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