Donald Trump é libertado incondicionalmente no caso Stormy Daniels

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, era acusado de subornar a atriz pornográfica Stormy Daniels em 2016, numa altura em que concorria pela primeira vez à presidência dos EUA - eleição que ganhou.

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Notícias ao Minuto com Lusa
10/01/2025 15:14 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

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Donald Trump

O presidente-eleito, Donald Trump, foi condenado, esta sexta-feira, a uma "libertação incondicional" no caso que envolve a atriz pornográfica Stormy Daniels. Esta condenação não acarreta uma pena de prisão ou de multa, nem liberdade condicional.

 

Após Trump ser dispensado da pena no caso, em que era acusado de subornar a atriz pornográfica Stormy Daniels, será colocada uma sentença de culpa permanente no registo criminal de Trump. A decisão foi tomada a dez dias de tomar posse como presidente dos Estados Unidos.

As acusações baseiam-se num alegado esquema para esconder o pagamento de um suborno à atriz pornográfica Stormy Daniels, nas últimas semanas da campanha presidencial de 2016, para evitar que dissesse que tinha tido relações sexuais com Trump.

Processo chega ao fim. "Cidadão comum não recebe esta proteção"

O juiz responsável pelo caso, Juan Merchan, poderia ter condenado o republicano de 78 anos a até quatro anos de prisão. Em vez disso, optou por uma sentença que contornou questões constitucionais espinhosas, pondo efetivamente termo ao processo.

Merchan disse que, tal como acontece com qualquer outro arguido, tem de considerar quaisquer fatores agravantes antes de impor uma sentença, mas a proteção legal que Trump terá como presidente "é um fator que se sobrepõe a todos os outros".

"O que é extraordinário são as proteções legais que acompanham o cargo de presidente dos Estados Unidos, não a pessoa que ocupa esse cargo", sustentou o juiz.

"Os cidadãos comuns não recebem este tipo de proteção. É o cargo que a concede ao seu ocupante e os cidadãos desta nação decidiram recentemente que o senhor, mais uma vez, deve beneficiar delas", disse o magistrado, em referência a casos anteriores em que Trump foi ilibado pela sua imunidade presidencial, como o seu alegado envolvimento no ataque dos seus apoiantes ao Capitólio em janeiro de 2021.

Trump insiste: "Caça às bruxas"

Participando de forma virtual na sessão, a partir da sua mansão em Mar-a-Lago, no estado norte-americano da Florida, Trump descreveu o julgamento como uma "vergonha para o sistema".

Antes, já tinha dito que a situação era uma "caça às bruxas", tal como tem vindo a repetir desde que ficou na mira da Justiça devido a este e outros casos. "Foi tudo feito para causar danos à minha reputação para que eu perdesse as eleições, o que, obviamente, não resultou", acrescentou.

Em abril de 2024, recorde-se, Trump foi condenado em 34 acusações, quando ainda nem era candidato confirmado à Casa Branca. O juiz responsabilizou-o de falsificação de documentos, para ocultar um pagamento de 130 mil dólares a Stormy Daniels, para que esta não falasse de uma suposta relação extraconjugal entre os dois ocorrida uma década antes.

Agora que foi condenado, pode prosseguir com o recurso, um processo que pode demorar anos e decorrer enquanto cumpre um mandato de quatro anos como presidente.

Trump será o primeiro presidente a tomar posse com uma condenação penal.

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O candidato republicano tornou-se no primeiro antigo presidente dos Estados Unidos a ser considerado culpado de cometer um crime.

Notícias ao Minuto | 08:33 - 31/05/2024

No mês passado, os advogados de Donald Trump defenderam que a condenação foi marcada pela má conduta dos jurados.

[Notícia atualizada às 15h32]

Leia Também: Juiz confirma condenação de Donald Trump. Sentença será conhecida dia 10

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