Metsola defende que Maduro deve responder perante a justiça

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, defendeu que o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que vai tomar posse hoje em Caracas, deve responder perante a justiça em vez de assumir um novo mandato.

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© Philipp von Ditfurth/picture alliance via Getty Images

Lusa
10/01/2025 13:46 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Venezuela

"Maduro deveria estar a enfrentar a justiça e não a prestar um juramento ilegítimo", escreveu Metsola numa mensagem divulgada através da rede social X.

 

Questionada na conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, a porta-voz para os Negócios Estrangeiros, Annita Hipper, escusou-se a comentar a posição de Metsola.

Na mesma mensagem, a líder do Parlamento Europeu apelou para que a Venezuela seja "devolvida ao povo" e defendeu que a liberdade deve prevalecer.

Em comunicado, o grupo político do Partido Popular Europeu (PPE), que integra os eurodeputados do PSD e do CDS, defendeu, por seu lado, que só o candidato presidencial da oposição venezuelana Edmundo González Urrutia tem legitimidade para ser investido como Presidente e "trocar a ditadura pela democracia".

O PPE condenou ainda qualquer forma de coação contra González Urrutia, que defende ter vencido o escrutínio presidencial na Venezuela, contra a líder opositora María Corina Machado ou contra qualquer membro da oposição política em Caracas.

Maduro assume hoje o seu terceiro mandato presidencial consecutivo para o período 2025-2031, apesar da contestação da oposição venezuelana, que afirma ter ocorrido fraude nas eleições presidenciais de 28 de julho, cujos resultados a União Europeia também não reconhece.

Após o escrutínio, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro, com pouco mais de 51% dos votos.

A oposição venezuelana afirma que Edmundo González Urrutia (que pediu asilo político a Espanha) obteve cerca de 70% dos votos.

Diversas manifestações de apoiantes de Maduro foram convocadas para hoje em todo o país, com a líder da oposição, María Corina Machado, a apelar igualmente à mobilização do povo venezuelano para contestar nas ruas o regime de Caracas.

Leia Também: "Não é fácil". Metsola elogia Costa e "vontade de trabalhar em conjunto"

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