Sem referir nomes, o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, emitiu o seu parecer sobre "os relatos" de tais abusos na Venezuela, que também afetam os defensores dos direitos humanos e membros de organizações da sociedade civil, na sua conferência de imprensa diária.
Nas últimas horas, foram conhecidas as detenções de vários políticos da oposição venezuelana, entre os quais o ex-candidato presidencial anti-Chávez Enrique Márquez, bem como o alegado "desaparecimento" do ativista Carlos Correa e o "sequestro" do genro do dirigente da oposição e candidato presidencial, Edmundo González Urrutia, Rafael Tudares.
O responsável das Nações Unidas apelou para que se respeitem os direitos humanos na Venezuela e recordou que "ninguém deverá ser alvo de prisão ou detenção arbitrária e que todos têm direito à liberdade de expressão, incluindo o direito a ter opiniões sem interferência, assim como à reunião pacífica".
Na terça-feira, Guterres, também através do seu porta-voz, repudiou já uma "ofensiva contra os direitos humanos" na Venezuela, afirmando esperar que "não haja mais repressão nos próximos dias, especialmente esta semana".
Na próxima sexta-feira, 10 de janeiro, está prevista a investidura do Presidente venezuelano cessante, Nicolás Maduro, para um novo mandato, mas o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, que contesta os resultados oficiais e afirma ser o legítimo vencedor das eleições presidenciais de novembro, garantiu que se apresentará em Caracas para ser ele a tomar posse como Presidente da República da Venezuela.
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