Despedimentos coletivos nas grandes empresas duplicam até novembro

O número de despedimentos coletivos abrangendo grandes empresas mais do que duplicou até novembro, face ao período homólogo, totalizando os 41, e está em máximos de 2014, segundo os cálculos da Lusa com base nos dados da DGERT.

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Lusa
14/01/2025 20:00 ‧ há 10 horas por Lusa

Economia

Despedimentos

Este valor compara com os 16 despedimentos coletivos em grandes empresas registados em igual período do ano anterior.

 

Assim, o número de grandes empresas abrangidas por despedimentos coletivos mais do que duplicou no espaço de um ano, tendo registado uma subida de 156%, de acordo com os cálculos da Lusa com base nos dados da DGERT. É também mais do dobro de todo o ano de 2023 (18).

No total, o número de despedimentos coletivos comunicados pelas empresas ao Ministério do Trabalho subiu 14,7% até novembro, em comparação com o período homólogo, para 444.

Este valor supera o total registado em 2023 (431) e é também um máximo de 2020, período em que alcançou as 698 empresas.

Destes 444 despedimentos coletivos comunicados nos primeiros 11 meses de 2024, 150 eram de microempresas, 196 de pequenas empresas, 57 de médias empresas e de 41 grandes empresas, segundo os últimos dados divulgados pela Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT).

Através da análise dos dados da DGERT, é possível constatar que as microempresas e pequenas empresas continuam a representar o maior número de despedimentos coletivos comunicados ao Ministério do Trabalho.

Não obstante, é possível verificar que os despedimentos coletivos que envolvem grandes empresas estão a aumentar há dois anos seguidos e em máximos de 2014.

Nos primeiros 11 meses deste ano, o número de trabalhadores abrangidos por despedimentos coletivos aumentou 76% até novembro, face a igual período do ano anterior, totalizando os 5.725. Deste total, 5.403 foram efetivamente despedidos.

Na segunda-feira, a coordenadora do Bloco de Esquerda apresentou um "pacote de medidas de emergência" para combater a "vaga silenciosa de despedimentos coletivos" no país e que inclui a reversão de algumas medidas impostas pela 'troika'.

No final de outubro, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social já tinha apontado que o aumento do número de trabalhadores abrangidos por despedimentos coletivos é preocupante e assegurou que o Governo estava a "acompanhar" a situação.

Leia Também: BE tem plano para combater "vaga silenciosa de despedimentos coletivos"

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