CGD? "Vamos manter o mesmo número de agências em 2025 e 2026"

O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) disse hoje, no parlamento, que o banco público não vai fechar qualquer agência em 2025 e 2026 e que a prioridade é dar meios aos clientes para a inclusão digital.

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Lusa
14/01/2025 12:12 ‧ há 12 horas por Lusa

Economia

Caixa Geral de Depósitos

"Não vamos [fechar agências] e vamos manter o mesmo número de agências em 2025 e 2026", disse hoje Paulo Macedo em audição na Comissão de Orçamento e Finanças.

 

O presidente executivo (CEO) da CGD foi ouvido hoje, no parlamento, sobre os serviços bancários prestados pela CGD após críticas de várias entidades - Comissão de Trabalhadores, sindicatos e também autarquias - sobre a redução de serviços em algumas agências.

Segundo o gestor, o que tem sido feito no banco público é adaptar as agências à evolução tecnologia pois "ninguém quer que a Caixa fique imóvel, que todos os outros se modernizem e a Caixa não", e acrescentou que em todas as agências há trabalhadores "para apoiar cidadãos com mais dificuldade de manuseamento" para conseguirem fazer operações bancárias (mesmo as mais digitalizadas).

Paulo Macedo considerou ainda que se nas décadas de 1980 e 1990 a grande questão de inclusão na banca era a inclusão geográfica, hoje é a inclusão digital e disse que a CGD tem adaptado os seus balcões mas, ao mesmo tempo, dando meios para não deixar clientes de fora.

"Não vamos desguarnecer a inclusão física mas a prioridade é dar meios às pessoas de inclusão digital", disse Macedo.

O presidente executivo da CGD afirmou que não há qualquer degradação de serviço na CGD, porque se não este não seria um "banco líder" e a crescer em crédito e depósitos.

Após notícias sobre redução de serviços em agências bancárias da CGD, nos últimos meses de 2024, os deputados chamaram várias entidades ao parlamento para clarificar a situação.

Na semana passada, no parlamento, a Comissão de Trabalhadores da CGD disse que os números de encerramentos de balcões da CGD até 2023 impactaram muito a reputação do banco pelo que houve uma alteração de paradigma, optando por manter balcões mas diminuindo os serviços prestados e considerou que essa estratégia tem impacto sobretudo no interior de Portugal Continental e ilhas e que com isso a empresa está a incumprir a sua missão de serviço público.

Também o STEC, o mais representativo dos sindicatos na CGD, tem falado na degradação da missão da CGD enquanto banco 100% público, "que ignora a sua responsabilidade no âmbito da coesão social e territorial".

Ainda hoje, no parlamento, Macedo disse que "ninguém dá [à CGD] lições sobre apoio à interioridade" e que se é verdade que o Crédito Agrícola tem mais balcões esse banco não está presente em 10% do país e que a CGD está em 98% dos concelhos.

Sobre a redução de serviços prestados pela CGD, considerou que o que "vale a pena ver é a evolução do número de transações" pois têm crescido muito e que é graças à tecnologia que, atualmente, pequenos comércios como cafés e papelarias podem depositar moedas em qualquer dia e hora.

Sobre clientes que não têm capacidade de usar serviços mais tecnológicos, afirmou que a CGD tem noção de que tem de os apoiar e que não haverá nenhuma agência da CGD em que não haja um funcionário para pagar manualmente uma pensão, caso seja preciso.

Nesta audição, Macedo foi muito crítico para com a Comissão de Trabalhadores, dizendo que não a põe "no mesmo plano" que os sindicatos, afirmando que aquela em anos não conseguiu nada de benéfico para os trabalhadores enquanto os sindicatos têm conseguido acordos que dão melhorias salariais.

Sobre uma eventual compra do Novo Banco, após perguntas de deputados, o CEO da CGD disse que nunca revelaria publicamente qualquer aquisição e que os bancos concorrentes se "deliciam" com as informações sobre o banco que são tornadas públicas.

No final de setembro, a CGD contava com 6.227 trabalhadores e 512 agências.

As contas da CGD de 2024 serão conhecidas este trimestre, sendo esperado que 2024 teha sido o melhor ano de sempre em termos de lucros. Apenas até setembro teve um resultado líquido de 1.369 milhões (mais 40% face ao mesmo período de 2023).

Paulo Macedo vai manter-se como presidente executivo da CGD, mas parte da equipa de administradores vai mudar, segundo a proposta entregue nas Finanças para o mandato 2025-2028 noticiada pela impresa, mas que o banco público não comenta.

[Notícia atualizada às 15h11]

Leia Também: Acerto da retenção do IRS das pensões de janeiro será feito em fevereiro

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