Madeira. Raimundo diz que CDU faz "falta" e vai regressar ao parlamento

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, defendeu hoje que a CDU é a voz que faz falta no parlamento da Madeira, manifestando-se convicto de que a coligação vai regressar à Assembleia Legislativa Regional.

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© Rita Franca/NurPhoto via Getty Images

Lusa
14/03/2025 21:44 ‧ há 4 horas por Lusa

Política

Paulo Raimundo

"A CDU é a primeira e única força em condições de elevar o debate, em condições de dar dignidade ao debate, a CDU é o adulto que falta no parlamento para pôr a ordem", afirmou Paulo Raimundo, num jantar-comício, no Funchal, numa iniciativa que marca o sexto dia da campanha eleitoral para as eleições antecipadas na Madeira, que decorrem no próximo dia 23.

 

O secretário-geral do PCP, partido que perdeu a representação parlamentar no último sufrágio, considerou que a CDU, coligação que junta PCP e PEV, é "a força da verdade, a força da justiça e da dignidade", realçando que é a primeira candidatura no boletim de voto.

"A sua voz tem de voltar, a sua voz vai voltar ao parlamento", reforçou Paulo Raimundo, argumentando que "é o mesmo que dizer o regresso da voz do trabalho, das populações e da juventude" à Assembleia Legislativa Regional.

O dirigente apelou, por isso, à mobilização dos militantes e simpatizantes para que o reconhecimento da CDU se traduza em votos.

"E quem ficou triste, quem ficou triste porque a CDU não elegeu nas últimas eleições, tem agora uma oportunidade, não é de ficar em casa, é também de, com o seu voto, acabar com essa tristeza", apontou.

Paulo Raimundo alertou, por outro lado, numa altura em que está quase a ter início a segunda semana de campanha, para a dramatização por parte de outras forças políticas, sem especificar nenhuma.

"Vamos entrar na última semana de campanha, uns dirão: ou nós ou o caos e outros dirão: ou o caos ou nós. Sabemos que vai ser assim nesta reta final", referiu.

"Já sabemos que assim vai ser vai querer tudo discutir a forma, vai querer tudo discutir os cenários pós-eleitorais, como é que as coisas se vão conjugar, mas aquilo que vai determinar [...] o pós-eleições é se a força dos trabalhadores, a voz das populações, a criatividade da juventude tem ou não tem representação parlamentar", acrescentou ainda.

O cabeça de lista da CDU às eleições regionais, Edgar Silva, também frisou a importância de recuperar "a voz que faz falta no parlamento da Madeira" e destacou a luta dos trabalhadores em diversos setores, como a administração pública, o setor rodoviário e a hotelaria.

Saudou igualmente os trabalhadores precários da RTP-Madeira que serão integrados nos quadros da empresa na sequência de uma decisão recente do tribunal.

"Esta é a hora de garantir que os trabalhadores e o povo vão recuperar a força que perderam nas últimas eleições. Está na hora e está nas nossas mãos fazer com que se recupere no parlamento da Madeira a voz e a força da luta pelos direitos", concluiu o coordenador do PCP na região, perante mais de duas centenas de militantes e simpatizantes.

As legislativas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo único: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.

As eleições antecipadas ocorrem 10 meses após as anteriores, na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) - e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.

O PSD tem 19 eleitos regionais, o PS 11, o JPP nove, o Chega três e o CDS-PP dois. PAN e IL têm um assento cada e há ainda uma deputada independente (ex-Chega).

Leia Também: PCP acompanha calendário de Marcelo sem preferência para dia das eleições

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