O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, confessou, na chegada ao velório do ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo, em Braga, que a notícia "foi um choque" e "grande dor" pelo "inesperado".
"Conheci o Miguel Macedo nos tempos da JSD e pude beneficiar da sua elevada competência, solidariedade e amizade em momentos muito importantes da minha vida política e da vida política do país. Quando fui ministro da Justiça, ele foi meu secretário de Estado e, já aí, mostrou toda a competência que tinha no exercício de cargos públicos. Depois partilhámos também, no Governo de Pedro Passos Coelho, pastas que se interligavam muito: a da Administração Interna e da Defesa, num momento muito crítico da vida do país onde também pude beneficiar da sua solidariedade e do contributo que deu para o país numa pasta muito difícil", recordou Aguiar-Branco, em declarações à SIC Notícias.
De Miguel Macedo recorda também uma postura "tolerante, de quem sabe ouvir, fazer pontes e construir soluções".
"É um legado muito importante para os tempos que correm, em que há tanta fragmentação. Deixa-nos esse legado em momentos importantes da vida do país. Tinha uma forma de estar absolutamente exemplar", acrescentou o presidente do Parlamento.
Miguel Macedo morreu na quinta-feira, vítima de ataque cardíaco. Tinha 65 anos.
Desempenhou vários cargos políticos, entre os quais de deputado, líder parlamentar e ministro da Administração Interna, entre 2011 e 2014, sendo atualmente comentador na CNN/Portugal e da TSF no programa "O Princípio da Incerteza".
Em 2024 foi eleito presidente da mesa da assembleia distrital de Braga do PSD.
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