O Presidente da República falou, esta quinta-feira, acerca dos incêndios que estão a assolar Los Angeles, no estado norte-americano da Califórnia, e, tal como o MNE já tinha confirmado ao Notícias ao Minuto, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que para já não há registo de vítimas de nacionalidade portuguesa.
Questionado pelos jornalistas em Washington DC, onde assistiu hoje ao funeral do ex-presidente Jimmy Carter, Marcelo disse que falou com dois congressistas de origem portuguesa sobre o assunto.
"O que tinham de informação é que até agora não há portugueses afetados. Não há portugueses afetados em termos de mortes ou de danos pessoais - e também do ponto de vista de danos patrimoniais significativos", afirmou.
"São mais de 300 mil portugueses na Califórnia, e a maior parte vêm das regiões autónomas, nomeadamente, dos Açores. [Não haver vítimas ou danos] É uma boa notícia, dentro da má notícia que é o panorama dos fogos", considerou.
Note-se que já esta quinta-feira o Notícias ao Minuto contactou o Ministério dos Negócios Estrangeiros acerca do assunto e, questionado acerca de eventuais vítimas, a tutela afirmou que havia "registo de cidadãos portugueses residentes na zona afetada", mas que para já não havia "vítimas, nem danos materiais".
"O Cônsul Honorário de Portugal em Los Angeles está a acompanhar a situação", explicou a tutela.
Incêndios em Los Angeles: Não há vítimas portuguesas, mas há "residentes"
O Governo português está a acompanhar os incêndios em Los Angeles, que já fizeram cinco vítimas mortais. Milhares de pessoas estão a ser afetadas pelos fogos.
Notícias ao Minuto | 16:28 - 09/01/2025Já ao final da tarde, o congressista luso-americano Jim Costa, eleito pela Califórnia, admitiu que os incêndios afetaram zonas de presença de comunidades luso-americanas, mas mais detalhes. "Há comunidades portuguesas perto dos fogos, em San Pedro e perto Altadena, onde eu sei que luso-americanos vivem", especificou à Lusa.
Da Califórnia para Moçambique?
Questionado sobre a representação de Portugal na tomada de posse de Daniel Chapo, em Moçambique, o chefe de Estado não deu uma resposta final quanto a que responsável se iria dirigir a Maputo. Em cima da mesa está a possibilidade ir o Presidente da República, o primeiro-ministro, o ministro dos Negócios Estrangeiros ou o embaixador, e, confrontando com estas possibilidades, Marcelo atirou: "Isso é que é prematuro. Eu estou aqui. O senhor primeiro-ministro e ministro estão em Portugal".
Explicando que "provavelmente" estaria com o chefe de Governo, Luís Montenegro, antes do fim de semana, Marcelo disse que a situação estava a ser acompanhada "para haver depois uma decisão". "Como se trata de uma realidade que ocorre só em meados da semana que vem - isto significa que até ao começo da semana que vem, iremos falando. Há sempre concertação de posição entre Presidente da República e Governo. Veremos qual é a posição adotar por Portugal".
A tomada de posse de Daniel Chapo está marcada para a próxima quarta-feira. Já depois de Marcelo Rebelo de Sousa falar o chefe de Governo, Luís Montenegro, emitiu um comunicado a dizer que tinha falado com o presidente-eleito de Moçambique e que foram reiteradas mensagens de "forte preocupação com o clima de violência e de tensão que se seguiu às eleições de 9 de outubro.
Montenegro falou com presidente-eleito de Moçambique: "Forte preocupação"
O chefe do Governo adiantou ter abordado "a necessidade de assegurar um cessar imediato da violência e de garantir a segurança da população e de todos os atores políticos".
Notícias ao Minuto com Lusa | 19:53 - 09/01/2025A "homenagem muito justa" a Jimmy Carter
Marcelo falou ainda sobre o legado de Jimmy Carter, cujo funeral se realizou esta quinta-feira, em Washington. "Foi uma homenagem muito justa ao presidente Carter. Foi um homem de princípios, de valores, ético. Foi um homem que construiu a paz, que realmente depois de ter sido presidente dedicou décadas a trabalhar em instituições", sublinhou, acrescentando que durante as cerimónias fúnebres "foi visível o caráter bipartidário da homenagem" dado que a participação nela foi não só dos democratas como também dos republicanos.
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