Uma lusodescendente de 34 anos foi assassinada pelo companheiro, de 32, em Brétigny-sur-Orge, França, na noite de 7 para 8 de janeiro, em frente aos filhos do casal, de 4 e 7 anos.
De acordo com o Le Parisien, foram os vizinhos que chamaram as autoridades, depois de ouvirem os "gritos de socorro" da mulher.
Quando chegaram ao local, os agentes da esquadra de Sainte-Geneviève-des-Bois encontraram a porta do apartamento "blindada".
As autoridades pediram várias vezes ao homem para a abrir, conta o jornal francês, mas este recusou fazê-lo. Enquanto isso, continuavam os gritos vindos da casa.
Por volta da meia-noite, chegaram reforços que arrombaram a porta. O suspeito "atirou-se imediatamente contra a polícia armado com duas facas", revelou o procurador de Évry-Courcouronnes, Grégoire Dulin, aos jornais franceses.
O suposto assassino acabou neutralizado, com a ajuda de um taser, e algemado.
O alegado autor deste feminicídio – o terceiro desde o início de 2025 – já tinha sido condenado três vezes pelos tribunais, nomeadamente por atos de “violência por ascendente”. A família morava nesta residência há vários anos.
"Ao mesmo tempo, que a polícia entrava no apartamento, os gritos cessaram", revela ainda o Le Parisien A mulher foi encontrada inconsciente na casa de banho, com ferimentos por todo o corpo. O óbito foi declarado no local.
Paralelamente, os filhos do casal, um menino de 7 anos e uma menina de 4, foram assistidos pelos serviços de emergência. Terão testemunhado "os longos minutos de horror" que a mãe sofreu às mãos do pai e "terminaram a noite no hospital Arpajon, acompanhadas por cuidadores".
Também eles terão sido agredidos, uma vez que tinham várias "lesões" indicativas do mesmo.
Entretanto, esta quarta-feira, o suposto homicida foi hospitalizado devido à sua saúde mental. De acordo com o Le Parisien, o homem, cuja nacionalidade não é avançada, fez "vários comentários delirantes antes e depois da detenção".
Adianta ainda a publicação francesa que o homem já tinha sido condenado, várias vezes, por violência doméstica e condução sem carta.
Segundo o Jornal de Notícias (JN), a vítima chamava-se Sandy Pinto era filha de um casal de Monção, que emigrou para França antes dela nascer. Já suspeito dá pelo nome de Marvin C.
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