Prisão preventiva para suspeito de homicídio no Palácio do Gelo em Viseu

O suspeito de matar uma mulher no Palácio do Gelo em Viseu, em 27 de dezembro de 2024, ficou hoje em prisão preventiva e proibido de contactar a irmã e cunhado, adiantou a juíza presidente do Tribunal de Viseu.

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Lusa
08/01/2025 19:34 ‧ há 14 horas por Lusa

País

Viseu

"O arguido detido foi sujeito às seguintes medidas de coação: obrigações decorrentes do termo de identidade e residência; proibição de contactar, por qualquer meio, com a irmã e o marido desta; prisão preventiva", revela um comunicado emitido pela juíza presidente do Tribunal Judicial de Viseu.

 

No documento distribuído aos jornalistas, Isabel Emídio escreve ainda que o suspeito está indiciado pela prática de um crime de homicídio qualificado consumado; por seis crimes de homicídio qualificado de forma tentada; por um crime de condução perigosa de veículo rodoviário e pelo crime de detenção de arma proibida.

"Entendeu-se que apenas uma medida de coação privativa de liberdade seria adequada, suficiente e proporcional, tendo em conta as exigências cautelares verificadas, por estar em causa a existência de perigos de fuga, de perturbação da ordem e tranquilidade públicas, de continuação da atividade criminosa e de conservação e aquisição de prova", justifica no documento.

A Diretoria do Centro da Polícia Judiciária (PJ) já tinha revelado hoje à agência Lusa que um homem de 24 anos suspeito de matar uma mulher no Palácio do Gelo, em Viseu, em 27 de dezembro de 2024, se tinha entregado, com advogado, na terça-feira a essa força policial.

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Após uma discussão, indivíduos "envolveram-se em confrontos físicos", tendo o suspeito "ido à sua viatura munir-se de uma arma de fogo" e "efetuado vários disparos".

Márcia Guímaro Rodrigues | 11:57 - 08/01/2025

Os factos ocorreram em 27 de dezembro de 2024, no centro comercial Palácio do Gelo, em Viseu, e tiveram origem numa altercação entre membros de duas famílias, que se encontravam no espaço.

Segundo fonte da Diretoria do Centro da PJ, o arguido, ao contrário do que foi veiculado por alguns órgãos de comunicação social, não conhecia as vítimas e não havia "divergências antigas".

"Surge uma discussão por circunstâncias não apuradas, com os familiares do lado do arguido também a entrarem na discussão. A discussão evoluiu para agressões físicas, de parte a parte, o arguido também se envolve e vai à sua viatura, que estava estacionada junto à entrada [do centro comercial], vai buscar a arma e dispara", afirmou a mesma fonte.

O homem que se entregou na terça-feira é, de momento, o único indiciado no processo, esclareceu.

De acordo com nota de imprensa da PJ enviada pela agência Lusa, o arguido terá recorrido a uma arma de fogo (uma pistola de calibre 6.35 milímetros) e, alegadamente, fez vários disparos na direção dos membros da outra família.

Na sequência dos disparos, uma mulher de 44 anos morreu.

Uma mulher de 23 anos foi atingida numa perna e um homem de 46 anos num braço.

"A PJ desenvolveu e coordenou, desde o conhecimento dos factos, inúmeras diligencias investigatórias, quer para esclarecer a situação, quer tendentes à localização do suspeito, criando assim condições para que o mesmo se entregasse".

O suspeito, sem antecedentes criminais, é ainda indiciado de um crime de detenção de arma proibida.

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