"A Rússia continua a violar este acordo", disse o ministro, referindo-se ao frágil compromisso anunciado na semana passada por Washington após conversações separadas entre Kyiv e Moscovo, que invadiu a Ucrânia há três anos.
"Hoje de manhã, mais um ataque russo danificou uma instalação de energia em Kherson, privando 45.000 habitantes de eletricidade", continuou o ministro, numa conferência de imprensa com o homólogo lituano.
Na semana passada, após vários dias de negociações separadas com os ucranianos e os russos, os Estados Unidos emitiram dois comunicados distintos anunciando uma moratória sobre o bombardeamento de instalações energéticas de ambos os lados.
Mas não foi mencionada qualquer data exata, nem quaisquer condições, e a Rússia e a Ucrânia acusaram-se mutuamente de violar o acordo.
Hoje, o Ministério da Defesa russo voltou a afirmar que as forças ucranianas tinham atacado uma infraestrutura energética na região fronteiriça de Belgorod.
A Rússia, cuja invasão da Ucrânia causou centenas de milhares de mortos e feridos, também provocou uma destruição maciça no país vizinho, devastando nomeadamente a sua rede energética.
Em resposta, a Ucrânia utiliza regularmente 'drones' para atacar instalações energéticas em território russo, na maioria das vezes refinarias e depósitos de combustível, alegando que estes são utilizados para abastecer o exército russo.
Andriï Sybiga afirmou ainda que a Ucrânia gostaria de chegar a um acordo "mutuamente aceitável" sobre os minerais com os Estados Unidos, após as críticas dos meios de comunicação social e dos políticos ucranianos que consideraram o último plano norte-americano muito desfavorável a Kyiv.
"É sempre importante reforçar a presença das empresas dos Estados Unidos na Ucrânia e vamos trabalhar com os nossos colegas americanos para chegar a um texto mutuamente aceitável", afirmou o ministro.
Na semana passada, Kyiv recebeu uma nova versão deste documento que dá aos Estados Unidos acesso aos recursos minerais ucranianos.
A assinatura de um primeiro acordo-quadro para este efeito falhou em fevereiro, na sequência de uma áspera disputa verbal entre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o Presidente norte-americano, Donald Trump, na Casa Branca.
A administração norte-americana quer agora chegar a um novo acordo, em troca do apoio militar e financeiro já prestado a Kyiv face à invasão russa.
No domingo, Trump avisou Zelensky que estaria em "grandes sarilhos" se o acordo fosse rejeitado.
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