"Trata-se de um investimento fundamental, um investimento existencial", afirmou o ministro da Defesa polaco, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, na cerimónia de assinatura do contrato no valor de 1,85 mil milhões de euros.
O ministro polaco explicou também que "o investimento de cerca de dois mil milhões de dólares diz respeito ao fornecimento de equipamento e apoio logístico para as baterias Patriot [lançadores de mísseis norte-americanos] ", utilizadas pelo exército polaco.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, pediu ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para que "pense melhor" antes de decidir impor novas tarifas aos aliados e para privilegiar a cooperação em detrimento do confronto.
"Os nossos interesses comuns europeus-americanos incluem uns Estados Unidos fortes, uma UE forte e uma NATO forte. Pensem bem, Senhor Presidente e caros amigos americanos, antes de decidirem impor tarifas aos vossos aliados mais próximos. A cooperação é sempre preferível à confrontação", frisou Tusk na rede social X, à margem da assinatura do contrato militar com os Estados Unidos.
Depois das tarifas de 25% dos Estados Unidos sobre o alumínio e o aço europeus, já em vigor, seguem-se a partir de quarta-feira as aplicadas ao setor automóvel. Trump deverá avançar com as chamadas taxas alfandegárias recíprocas, visando países que ativaram tarifas idênticas sobre bens e serviços norte-americanos.
"Vocês têm amigos e aliados de confiança, de Portugal à Polónia, da Dinamarca à Grécia", sublinhou Tusk.
A Polónia, membro da NATO e da UE, firme apoiante da Ucrânia na guerra contra a invasão da Rússia e país fronteiriço dos dois beligerantes, vai afetar este ano quase 5% do produto interno bruto (PIB) ao setor da defesa, através de encomendas de equipamento militar aos Estados Unidos e à Coreia do Sul.
Em agosto de 2024, Varsóvia assinou um acordo no valor de 1,13 mil milhões de euros para 48 lançadores de mísseis antiaéreos Patriot, que serão entregues ao exército polaco entre 2027 e 2029.
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