"Não obstante o seu potencial inovador, estas ferramentas podem gerar aconselhamento impreciso ou enganador, conduzindo a decisões de investimento inadequadas e a perdas financeiras significativas", refere uma nota hoje divulgada e assinada pelas duas entidades.
A ESMA e a CMVM admitem que as ferramentas de IA "podem oferecer um apoio relevante em diversas áreas", mas que "também têm subjacente um conjunto de riscos".
Nesse sentido, lançam várias sugestões para os investidores, como procurar múltiplas perspetivas, evitar esquemas de enriquecimento rápido, atentar na regulamentação, compreender os riscos e proteger a sua privacidade.
A ESMA e a CMVM também pedem uma "abordagem cautelosa" na utilização destas ferramentas, uma vez que têm a capacidade de fornecer aconselhamento altamente persuasivo".
O alerta aponta ainda que as ferramentas públicas de IA disponíveis 'online' "não são autorizadas nem supervisionadas", "não foram explicitamente concebidas para prestar consultoria para investimento", "operam frequentemente de formas que nem quem as desenvolveu compreende na totalidade" e "não estão sujeitas aos mesmos padrões e regras rigorosas comparativamente às entidades autorizadas".
Sobre os sinais de negociação, as duas entidades apontam que a negociação de instrumentos financeiros é "inerentemente arriscado" e que prever os movimentos de preços é "extremamente difícil, senão impossível".
"A imprecisão das previsões geradas por IA pode ser significativa, pelo que a dependência exclusiva destas ferramentas pode conduzir a perdas financeiras substanciais", apontam, apelando para que os investidores realizem "sempre uma pesquisa cuidadosa".
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