Ao intervir, em Tondela, na cerimónia de assinatura do auto de consignação da duplicação do troço do IP3 entre Santa Comba Dão e Viseu, Luís Montenegro lembrou que a região foi "fustigada por tantos anos de espera pela revitalização deste eixo viário", com "obras que tantas vezes foram prometidas e ansiadas e depois nunca foram materializadas".
"As expectativas foram muitas vezes frustradas no que diz respeito ao projeto de modernização, de reconfiguração do IP3, nomeadamente naquele que é o grande objetivo, que hoje é mesmo um compromisso inabalável deste Governo, de o transformar numa via em formato de autoestrada de uma ponta até à outra", afirmou.
Após a concretização da obra hoje consignada pela Infraestruturas de Portugal à Ferrovial -- que representa um investimento de 103.280.960 euros e tem um prazo de execução de 870 dias -- o tempo de viagem entre Coimbra e Viseu passará de 65 para 43 minutos.
Luís Montenegro lembrou que o IP3 é "uma via estruturante, que tem uma importância determinante do ponto de vista económico e social", mas que, "infelizmente, traz na sua história páginas sombrias de acidentes e perdas de vidas humanas".
O primeiro-ministro disse que só aceitou estar hoje em Tondela por se tratar da cerimónia do auto de consignação, ou seja, "uma expressão do que é passar mesmo à obra".
"Eu não viria aqui para fazer mais promessas", garantiu, acrescentando que a esta obra se seguirá a requalificação do troço entre Santa Comba Dão e Souselas (Coimbra) e também da ligação do IP3 à autoestrada A13.
Até ao final de junho, a Infraestruturas de Portugal, deverá apresentar o cronograma de ações, concursos e obras necessárias para garantir uma ligação rodoviária em traçado duplo (quatro vias) entre Souselas e Santa Comba Dão.
O governante frisou a importância da ligação do IP3 à A13, que "será, no futuro, uma ligação privilegiada desta região a todo o contexto sul e em particular ao novo aeroporto de Lisboa, em Alcochete".
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