Barómetro CIP/ISEG prevê "desaceleração significativa" do PIB em cadeia

O Barómetro CIP/ISEG prevê uma "desaceleração significativa" do crescimento económico em cadeia, de 1,5% no quarto trimestre de 2024 para 0% a 0,2% no primeiro trimestre deste ano, e um abrandamento da evolução homóloga de 2,8% para 2,2% a 2,4%.

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Lusa
25/03/2025 11:52 ‧ há 9 horas por Lusa

Economia

PIB

"Para o primeiro trimestre do ano e em resultado do efeito de arrastamento que transita da reta final de 2024, perspetiva-se uma evolução real positiva da economia em termos homólogos entre 2,2% e 2,4%, o que corresponde a um crescimento em cadeia compreendido entre 0% e 0,2%", aponta o Barómetro de Conjuntura Económica CIP/ ISEG, hoje divulgado.

 

Segundo salienta, esta projeção representa "uma ligeira desaceleração do crescimento homólogo e uma desaceleração significativa no crescimento em cadeia".

Em linha com o quarto trimestre de 2024, o barómetro perspetiva "uma recuperação do contributo da procura externa líquida" que, contudo, "deverá ser acompanhada por um menor contributo da procura interna, num processo que se prolongará durante 2025".

A nível setorial, aponta para um "crescimento expressivo" no comércio a retalho e "mais moderado" nos serviços, que deverão "compensar a tendência negativa" do indicador de produção industrial.

Já os indicadores de construção e investimento "mostram um registo mais incerto".

O Barómetro CIP/ ISEG dá ainda conta da "evolução negativa", em fevereiro, dos indicadores de clima e sentimento económicos, em contraste com o registo positivo registado em janeiro e "num movimento que, para já, não parece encontrar paralelo nas principais economias da área euro".

Segundo refere, "ainda que determinada apenas pela deterioração da confiança no setor dos serviços, esta evolução abre alguma incerteza a curto prazo".

Citado num comunicado, o diretor-geral da CIP, Rafael Alves Rocha, afirma que "o abrandamento esperado para o início do ano não surpreende", já que "os bons resultados do final do ano ficaram a dever-se ao impacto sobre o consumo privado de fatores pontuais, nomeadamente as menores retenções na fonte de IRS, ocorridas em setembro e outubro, e o pagamento do suplemento extraordinário das pensões, em outubro".

"Desvanecido o impacto destes fatores, é natural que o consumo privado se retraia", sustenta, considerando "mais importante aferir em que medida a recuperação do contributo da procura externa líquida e do investimento será suficiente para sustentar o crescimento nos próximos meses".

Leia Também: Governo moçambicano prevê crescimento anual de 4,6% do PIB

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