Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 1,14%, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,18% e o alargado S&P500 baixou 0,76%.
A praça bolsista evoluiu aos altos e baixos, com dificuldade em encontrar uma direção clara, um dia depois da forte desvalorização, decorrente das inquietações crescentes sobre a possibilidade de uma recessão nos EUA.
"A volatilidade não é um fenómeno novo nas três últimas semanas, devido em grande parte à incerteza envolvente com elementos como as taxas alfandegárias", disse Art Hogan, da B. Riley Wealth Management, à AFP.
Hoje, Trump tinha ameaçado o Canadá com novas médicas comerciais, anunciando entre outras a duplicação para 50% das taxas incidentes sobre as importações de aço e alumínio canadianos.
Porém, mais tarde, depois de uma troca de argumentos com os dirigentes de Otava, Trump decidiu renunciar àquela intenção confirmou o seu conselheiro comercial, Peter Navarro.
"Pela primeira vez em três semanas, parece que temos boas notícias e que se abriu uma janela nas negociações com o Canadá", disse Hogan.
Em todo o caso, Trump tem feito várias reviravoltas nos últimos dias, com medidas "anunciadas, depois modificadas e anunciadas outras para serem alteradas a seguir", exemplificou.
"Quando mais (Trump) continuar a aplicar este método político, mais os consumidores ficarão na incerteza, o que os vai levar a reduzir despesas e a limitar o desenvolvimento das empresas (norte-)americanas", avançou Hogan.
Desta forma, "quando mais a incerteza persistir, mais os investidores estarão dispostos a retirar o seu dinheiro", resumiu.
Entre as empresas cotadas, a Tesla, de Elon Musk, tem sofrido fortes desvalorizações. Hoje recuperou alguma cor (3,79%), depois de uma queda vertiginosa na véspera, em que tombou mais de 15%, na que foi a sua pior sessão bolsista desde 2020, perante uma queda de vendas.
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