Exportações da mina moçambicana de Moma aumentaram 4% em 2024

As exportações da mina de Moma, norte de Moçambique, uma das maiores produtoras mundiais de titânio e zircão, cresceram 4% em 2024, para mais de um milhão de toneladas, anunciou hoje a mineradora Kenmare.

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Lusa
20/01/2025 07:48 ‧ há 11 horas por Lusa

Economia

Moçambique

De acordo com informação ao mercado prestada pela Kenmare, que opera a mina, em todo o ano passado foram feitos carregamentos de vários minerais acabados no total de 1.088.600 toneladas (areias pesadas, zircão, ilmenite e rutilo), sobretudo no segundo semestre.

 

"A previsão é que os carregamentos excedam a produção em 2025, apoiadas pelos elevados níveis de stock de produtos acabados", acrescenta a mesma informação da mineradora, que opera a mina na costa da província de Nampula, no norte de Moçambique.

"A procura por todos os tipos de produtos da Kenmare manteve-se robusta em 2024 e prevê-se que as vendas continuem a exceder a produção em 2025", garante a Kenmare, uma empresa de origem irlandesa e que opera em Moçambique através de subsidiárias das Maurícias.

A empresa é uma das maiores produtoras mundiais de areias minerais, cotada nas bolsas de Londres e Dublin, sendo que a produção em Moçambique representa aproximadamente 7% das matérias-primas globais de titânio, com clientes em mais de 15 países, que usam os seus minerais pesados em tintas, plásticos e cerâmica.

"A Kenmare apresentou um forte resultado em 2024, excedendo o ponto médio da nossa orientação de produção para a ilmenite e o limite superior das gamas de orientação para todos os outros produtos. Ultrapassámos também a marca dos dois milhões de horas trabalhadas", refere o diretor-geral da Kenmare, Tom Hickey, citado no documento.

A Kenmare pagou em 2024 cerca de 48 milhões de dólares (46,5 milhões de euros) em dividendos e investiu 140 milhões de dólares (135,7 milhões de euros).

A mina de Moma contém reservas de minerais pesados que incluem titânio, ilmenite e rútilo, que são utilizados como matérias-primas para produzir pigmento de dióxido de titânio, assim como um mineral de silicato de zircónio de valor relativamente elevado, o zircão.

A mineradora anunciou em abril de 2023 que previa explorar um novo filão no espaço de dois anos, na concessão de Moma, sinalizando a longevidade e rentabilidade da mina.

A Kenmare anunciou no mês passado que não seria possível concluir até 21 de dezembro a renovação da exploração da mina de Moma, mantendo a operação até conclusão do acordo com o Governo.

"Estamos satisfeitos por o Governo ter confirmado a nossa capacidade de continuar a operar nos termos existentes durante este período provisório e que o processo pode ser concluído de forma ordenada", afirmou anteriormente o diretor-geral da mineradora.

Em causa está a renovação do Acordo de Implementação da exploração de Moma, ao abrigo do qual a Kenmare conduz as suas atividades de transformação e exportação de minerais, que caducou em 21 de dezembro, ainda sem conclusão da negociação com o Governo moçambicano para novo entendimento.

A empresa já tinha antes assumido atrasos na renovação, devido ao processo eleitoral no país.

Entretanto a Agência para a Promoção do Investimento e das Exportações de Moçambique "indicou que os direitos e benefícios existentes da empresa permanecem em pleno vigor e efeito enquanto se aguarda a conclusão do processo", pelo que "a Kenmare pode continuar a processar minerais e exportar produtos finais da mesma forma que o faz atualmente".

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